O Paciente J, é cardiopata e apresenta traços obsessivos de acumulação e déficit de atenção cognitiva. Quando demos início à sua captação, através da sensitiva A, a primeira imagem que apareceu na mente dela foi um menino de cerca de cinco anos, sentado, de castigo, com um profundo sentimento de solidão e incompreensão. Em seu contexto familiar, de infância, J sentia-se preterido em favor de seu irmão mais velho, considerado mais bonito e o favorito para atender ao desejo da genitora de ambos, no sentido de ter um padre na família, desejo que J, inconscientemente, ainda hoje busca atender, estudando Teologia Católica.
Em meio às suas angústias silenciosas, J sentia-se como se estivesse diante de um profundo abismo, sendo atazanado por Presença Intrusa, que do seu lado direito (o racional) o induzia a se atirar no vazio existencial, numa clara representação de indução ao suicídio. Porém, olhando para o seu lado direito (racional), J via a Cruz em que tanto acreditava e a quem pedia proteção. Frequentemente, o menino é deixado de castigo, por seus comportamentos considerados indevidos, em competição com seu irmão, na busca de atenção e carinho.
Aprofundando as percepções da sensitiva A, encontramos uma memória anterior em que J havia sido um psiquiatra que seguia à risca os métodos de tratamento prescritos em séculos passados, para aplicação de choques elétricos nos pacientes em surto psicótico. Desse modo, ser um menino sensitivo na atual existência o levou a experenciar o que sentem os pacientes altamente sensitivos, diante de um enquadre clínico que ainda ignora os possíveis fenômenos vivenciados em estados ampliados de consciência. Cientificamente, ainda se acredita que o que se apresenta como resultado de estudos acadêmicos deva prevalecer sobre o trabalho empírico de estudos de casos clínicos, realizados por muitos pesquisadores dedicados à compreensão desses fenômenos, apresentados por mais de 90% da população, neste momento em que cada vez, mais e mais pessoas despertam para a espiritualidade. No presente, J ainda mantém sua busca cognitiva, através de frequentes congressos e participação em grupo de estudos científicos.
Dando continuidade à Reprogramação, induzimos que o adulto J acolhesse o seu sensível menino, para dele cuidar, no presente, com amor, atenção, compreensão e as necessárias explicações sobre o dom que ele trouxe para esta existência e o alívio da sua imensa dor emocional.
Também identificamos a presença de sua genitora que, já tendo feito a passagem para o plano espiritual e sentindo-se arrependida, mas ainda com a sua visão concreta de mundo e desconhecimento das Leis Espirituais que regem a vida, desejava que ele fizesse a passagem para lhe dispensar seus cuidados amorosos. Pedimos o seu encaminhamento para o plano adequado, onde ela será cuidada e orientada.
Ainda em acompanhamento do processo, esperamos que a liberação das intensas emoções contidas ao longo do tempo, possa agora permitir que, com a liberação do chacra cardíaco, ocorra a abertura do chacra frontal (hipófise – nível intuitivo) e do chacra coronário (pineal – espiritual), condições necessárias para a manifestação dos fenômenos de expansão de consciência, que poderão trazer autorrealização a J e do cumprimento de sua missão existencial.
O relato dessas sofridas vivências com conteúdo transpessoal, nos orientam sobre a importância do Amor, Compaixão, Perdão e Respeito, para sairmos do julgamento simplista de que a pessoa simplesmente deveria mudar seu comportamento, por conta de aconselhamentos ou críticas externas. Para todos nós, alunos da Escola da Vida, estes casos clínicos revelam profundas e preciosas aprendizagens evolutivas, que podemos passar a aplicar em nosso dia a dia...
Sueli
Meirelles, em Nova Friburgo 16 de maio de 2024.
Site: www.institutoviraser.com
Whatsapp: 55 22 99955-7166
[1] Inimigos
espirituais do pretérito evolutivo, que se aproximam da Personalidade Atual da
pessoas, com desejos de vingança pelo mal sofrido.
[2]
Link para o Artigo sobre o Tema: https://sueli-meirelles.blogspot.com/2017/06/o-estigma-da-loucura-qual-o-seu.html