A
postura corporal, o padrão respiratório e a expressão representam importantes
pistas de localização e identificação das cargas emocionais a serem esvaziadas
pelos Seres captados, desta ou de outras dimensões de vida. O lado direito do
corpo representa o lado racional (comandado pelo hemisfério cerebral esquerdo)
e o lado esquerdo representa o lado emocional (comandado pelo hemisfério
cerebral direito), assim invertidos, pelo cruzamento das estruturas nervosas na
ponte, estrutura localizada na base do crânio. Freqüentemente, estaremos
trabalhando o esvaziamento de quatro emoções: Medo, raiva, tristeza e dor emocional.
22.1. MEDO:
O medo é uma energia centrípeta (para
dentro) e fria, atuando como elemento impeditivo do esvaziamento de outras
emoções, tais como a tristeza e a raiva. É possível que o medo esteja instalado
em quase todas as partes do corpo, sendo uma das emoções mais presentes em toda
a humanidade. Damos abaixo, uma relação dos seus principais significados:
a)
Pés – medo de caminhar;
b)
Tornozelos – medo da falta de apoio
para as próprias escolhas;
c)
Panturrilhas – medo das pressões
externas;
d)
Joelhos – medo de não suportar tudo
isto (o joelho representa o Ego e a personalidade que têm dificuldades para se
dobrar diante dos Desígnios Divinos);
e)
Coxas – medos ligados à adolescência, à
sexualidade e às situações desconhecidas;
f)
Baixo ventre – medos de infância;
g)
Estômago – medo de não ser capaz;
h)
Peito – medo de entrar em contato e de
expressar as emoções;
i)
Ombros – medo de assumir
responsabilidades;
j)
Braços e mãos – medo de realizar o que
veio realizar; medo de abraçar;
k)
Pescoço – medo de perder o controle das
emoções,
l)
Boca – medo de falar;
m)
Queixo – medo de se opor;
n)
Olhos – medo de ver as coisas como elas
são, na realidade.
22.2. RAIVA:
A raiva é uma emoção centrífuga (para fora) e quente, e pode
se apresentar sob duas formas de expressão:
a)
verbal: vontade de morder, xingar,
vomitar, cuspir, gritar ou qualquer outra forma de agressividade verbal;
b)
física: socar, chutar, torcer, esmagar,
perfurar ou qualquer outra forma de agressividade física.
.Na situação controlada da captação
psíquica o esvaziamento da raiva deve ser incentivado, sem que se permitam
danos físicos ao sensitivo captador, danos ao ambiente ou às outras pessoas
presentes. Se acontecer alguma expressão de animosidade em relação a qualquer
dos presentes, este último jamais deverá discutir com o captado, deixando
sempre o controle da situação por conta do Líder Grupal.
Após o esvaziamento da raiva, é comum que
o captado alcance condições mais adequadas para receber orientação e
encaminhamento, muitas vezes mostrando-se grato e arrependido por seus sentimentos
negativos.
22.3. TRISTEZA:
A tristeza é também uma emoção centrífuga
e de baixa temperatura, na maioria das vezes, podendo ser expontaneamente
expressa. Basta que se permita o seu esvaziamento, através do choro livre.
Chorar livremente desata os nós da alma e do coração.
22.4. DOR:
A dor emocional ou física funciona como
um estagnador de energia, impedindo que as emoções centrífugas ou centrípetas
possam ser expressar. É necessário incentivar-se a pessoa captada a dizer “ai”
repetidas vezes, até que ele comece a chorar e depois possa expressar as outras
emoções. Auxilia bastante que o Líder grupal toque o peito do sensitivo com sua
mão direita, enquanto com a esquerda, mentaliza a recepção da Ajuda Superior,
sendo, nesta mentalização, auxiliado pelos demais participantes do grupo.
22.5. ÓDIO:
O ódio é uma ausência de emoção, um
congelamento afetivo que geralmente provoca a fragmentação psíquica do Ser. É
necessário trabalhar-se com os Raios Violeta e Rosa, para que se transmute e
preencha o intenso vazio emocional. Neste caso deve-se utilizar as músicas do
Arcanjo Miguel e as do Sétimo Raio Solar, promovendo-se a transmutação das
energias não qualificadas e, após o esvaziamento das outras emoções que
surgirem, trabalhar com o Raio Rosa, preenchendo o vazio emocional que levou à
loucura.
O trabalho de esvaziamento das emoções
somente estará terminado quando o sensitivo
o demonstrar, através da fisiologia, da fala e da expressão corporal, o
seu retorno ao estado de homeostase (equilíbrio).
22.6. OS CENTROS ENERGÉTICOS OU CHACRAS
Os chacras ou centros energéticos são acumuladores e
distribuidores de energia espiritual situados no corpo eletromagnético, por
onde circulam os fluidos energéticos
através dos sete níveis de funcionamento do ser humano.
No homem comum, os chacras podem apresentar-se como um
círculo de mais ou menos 5 centímetros de
diâmetro, quase sem brilho; no homem mais espiritualizado, é quase sempre um
vórtice luminoso e refulgente.
Cada chacra tem uma longitude de vida ou raiz e uma
luminosidade própria, que lhe dá uma coloração peculiar. Esta luz move-se em ondas. O número destas
ondas é determinado pelos raios que constituem a força primária ou Kundalini.
Sua longitude é infinitesimal e cada onda possui milhares de
vibrações.
Os chacras diferem de tamanho de homem para homem e até
mesmo num só indivíduo, um chacra pode apresentar-se mais desenvolvido do que o
outro. O chacra mais luminoso representa o nível de funcionamento mais ativo
naquele indivíduo. Um chacra sem brilho pode significar bloqueio energético ou
pouco desenvolvimento no aspecto ou função que ele representa. Este
desenvolvimento, quando realizado sem orientação adequada, pode levar às várias
formas de desequilíbrio, tornando-se extremamente prejudicial à saúde física e
mental.
Quanto mais ativo ou desenvolvido for o centro energético,
maior capacidade de energia ele comporta e, portanto, maiores possibilidades
ele oferece em relação ao emprego dessa mesma energia. Como as faculdades
psíquicas são afetadas e estão, em grandes partes, subordinadas ao
funcionamento dos centros energéticos, compreende-se que o maior
desenvolvimento de um deles acarreta o desenvolvimento da faculdade psíquica
correspondente e vice-versa.
Os principais centros energéticos localizam-se em
regiões correspondentes aos plexos
glandulares do corpo anatômico. Para melhor compreensão do assunto, damos a
seguir um mapa desse posicionamento e a respectiva nomenclatura.
chacra
|
plexo
|
localização
|
Básico
Genésico
Esplênico
Cardíaco
Laríngeo
Frontal
Coronário
Hara
|
Sacral
Hipogástrico
Mesentérico
Cardíaco
Laríngeo
Frontal
Coronário
Solar
|
Base
da espinha
Baixo
ventre
Região
do baço
Região
precordial
Garganta
Fronte
Alto
da cabeça
Abdome
|
Os plexos glandulares estão situados no corpo físico: são
conjuntos e aglomerados de nervos e gânglios do sistema nervoso autônomo, reguladores da vida
vegetativa do corpo (sistema nervoso).
Os chacras são estações de força vital, localizados no corpo
eletromagnético, formando um campo que
interliga todos os plexos do
corpo físico. São eles:
22.6.1. CHACRA BÁSICO:
É um dos chacras fisiológicos, sede da kundalini ou fogo
serpentino. Situa-se na base da coluna vertebral e recebe energia primária que
o divide em quatro raios. Tem as cores vermelho e laranja, que vibram alternadamente. Quando bem ativo, tem uma
coloração vermelho-alaranjada, devido à sua íntima ligação com o baço ou chacra
esplênico, que lhe envia força vital.
a) KUNDALINI:
É uma das forças que interliga a terra com o sol formando um
eixo central no corpo; é a chave de consciência pela qual o indivíduo realiza
sua reunião com Deus; é uma energia primordial, latente no homem, e se encontra
localizada no chacra básico. Costuma-se dizer que esta energia mantém-se
adormecida como uma serpente enroscada, tendo como objetivo o seu estiramento e ascensão.
Para
que os centros energéticos, inclusive o coronário entrem em atividade é
necessário despertar esse poder e saber conduzí-lo. Isto pode ser conseguido somente purificando-se os Nádis ou canais
energéticos, através da harmonização dos pensamentos, desapegos, vontade,
devoção, oração, concentração ou através dos mantras e da meditação. Sem esse
processo de harmonização, despertar da Kundalini pode produzir resultados
danosos ao corpo físico e aos níveis de funcionamento superiores a estes.
22.6.2. CHACRA SEXUAL:
Constitui o segundo chacra fisiológico. Regula às atividades
ligadas ao sexo, recebendo influência direta do chacra básico. Sua ativação
aumenta a libido em grau imprevisível, podendo levar ao esgotamento ou ao
desequilíbrio das funções sexuais.
22.6.3. CHACRA ESPLÊNICO:
Subindo um pouco e
voltando-se para o lado esquerdo do corpo, vemos o chacra esplênico, que se
acha sobre o baço e cuja a função é especializar, subdividir e espalhar por
todo o sistema, a vitalidade emanada pelo sol.
Essa vitalidade surge no chacra esplênico, subdividindo-se
em sete modalidades: Seis delas formam os seis raios ou pétalas e a sétima
encontra-se no centro do disco, em forma de cubo. Suas pétalas são em número de
seis, radiantes com o sol.
Cada pétala tem uma cor predominante, correspondendo a cada
freqüência de energia vital. São elas: Vermelho, alaranjado, amarelo, verde,
azul e violeta. Quase todas as cores do arco-íris aparecem, com exceção do
índigo. Este chacra é o centro da vitalidade orgânica e energética. E o
terceiro chacra fisiológico, onde ficam armazenadas as células do sistema
imunológico, cuja função e defender o organismo de bactérias e vírus invasores.
22.6.4. CHACRA CARDÍACO:
Classifica-se como chacra personativo, localizando-se sobre
o coração. Influi sobre a circulação do sangue e sua manipulação é delicada. É
o centro do equilíbrio ente as forças inferiores dos chacras fisiológicos e as
superiores ou espirituais. Sua cor é dourada. Apresenta doze ondulações, por
onde passa a energia primária que se divide em doze raios ou pétalas. É o
centro do Amor Universal e está também associado à glândula Timo, cuja função,
até a puberdade, é a especialização das células do sistema imunológico.
22.6.5. CHACRA LARÍNGEO:
Outro dos chacras personativos, o chacra laríngeo
localiza-se na garganta e tem dezesseis pétalas. Apesar de sua cor ser o
prateado, possui também um tom azulado. Quando em vibração elevada, apresenta
as cores verde e azul em seus raios. O desenvolvimento desse chacra leva à
clariaudiência e a força vibratória da palavra.
22.6.6. CHACRA FRONTAL:
Um dos chacras superiores ou espirituais, localiza-se no
entrecenho (entre e acima dos olhos). Parece dividido em duas metades: A
superior de cor róseo-amarelada e a inferior de cor azul-purpúreo. Ambas as
cores correspondem ao raio de vitalidade que vêm do baço. Regula as atividades
inteligentes e influi no desenvolvimento da clarividência. Está ligado à
glândula pituitária.
a) GLÂNDULA PITUITÁRIA:
É um órgão pequeno e denso formado por dois lóbulos, o
anterior e o posterior. Encontra-se localizada na base do cérebro, sobre a
faringe e está relacionada anatômica e fisiologicamente com a glândula pineal.
O despertar e o desenvolvimento da terceira visão é alcançado por meio do corpo
pituitário que é energizador da vontade, juntamente com a glândula pineal, que
é o órgão da percepção clarividente. O corpo pituitário promove a percepção e
esta se origina pelo movimento molecular do referido órgão, diretamente
relacionado ao nervo ótico, através do qual afeta a vista e determina as
alucinações. A embriagues e a febre ocasionam ilusões óticas e auditivas, pela
ação do corpo pituitário. Juntamente com o chacra coronário, este centro
energético somente entra em ação quando o homem alcança um certo grau de
desenvolvimento mental.
22.6.7. CHACRA CORONÁRIO:
Chacra espiritual que se constitui no mais importante centro
de energias primárias ou divinas. Acha-se localizado no alto da cabeça. É
refulgente e, quando em plena atividade, possui efeitos de cores de
indescritíveis matizes, com vibrações extremamente velozes.
A primeira vista, parece vibrar com todas as cores do
espectro solar; porém em conjunto e em alta velocidade, é levemente
violeta-rosado. Os indus chamam-no de chacra de mil pétalas, pela proximidade
do número de pétalas ou energia primárias.
Devido à sua alta força vibratória, torna-se difícil separar
suas pétalas. Não apresenta mais a depressão central que se observa nos demais
chacras e sim, uma verdadeira protuberância a que se projeta para o alto. Por
ele podemos avaliar a evolução espiritual e a grandeza de alma de seu
possuidor. É o halo que se costuma
representar sobre a cabeça do Mestre Jesus, de Buda e de tantos outros
iluminados. Funciona conjuntamente com a glândula pineal.
a) GLÂNDULA PINEAL:
É um corpo alongado-arredondado, de seis e oitos milímetros
de largura, de tonalidade róseo-escuro, que se situa na parte posterior do
terceiro ventrículo do cérebro. De sua base saem duas fibras medulares que se
dirigem até os tálamos óticos, que são órgãos de percepção e de concentração
das impressões mais sensitivas. Durante o transe e a visão espiritual, esta
glândula torna-se dilatada. A ciência médica possui ainda poucas informações a
seu respeito.
O
corpo pituitário e a glândula pineal pertencem a uma classe de órgãos que
atualmente estão em estados latente. Para voltar a obter contato com os “mundos
internos” é necessário despertar o corpo pituitário e a glândula pineal. Quando
o homem alcança este nível, recupera a faculdade de perceber os mundos
superiores, agora em maior escala do que antes, porque este despertar estará
relacionado ao sistema nervoso voluntário, sob o controle da vontade
consciente. Por meio desta faculdade
receptora lhe serão abertas todas as fontes de conhecimentos e terá a seu
serviço um meio para adquiri-lo, em comparação com o qual todos os outros
métodos serão simples brincadeiras. O despertar desses órgãos efetua-se
mediante a educação consciente e treinamento ou vivências de tradição
espiritual.
22.6.8. O HARA:
O hara não é exatamente um chacra. É o centro energético do
corpo onde está concentrada a energia pré-natal do indivíduo, a qual pode ser
utilizada para a renovação do vigor físico do indivíduo. Ele regula a
manipulação e assimilação dos alimentos orgânicos, enviando forças ao corpo por
intermédio da parte inferior do corpo emocional, estando intimamente
relacionado com os sentimentos e emoções. Recebe a energia primária que o
subdivide em dez radiações ou pétalas. Sua cor é vermelha, com vários matizes
desse tom. Suas pétalas apresentam alternadamente o verde e o vermelho. É o
centro das levitações.
Enquanto a ciência oficial ignorar a existência de
um corpo eletrônico no Ser Humano e dos sete sentidos (cinco físicos e dois
extra-sensoriais), não terá como compreende-lo em todas as suas possibilidades
de manifestação fenomênica, em termos de sintomas físicos e estados mentais.
Somente quando a ciência se libertar de seu paradigma reducionista, poderá dar
um salto em direção à compreensão do Ser Humano em sua totalidade, recuperando
o sentido de unidade de todo o conhecimento, atualmente fragmentado, e que tem
gerado tanta polêmica entre as diferentes especialidades que tentam explicar o
homem e o seu mundo.