Estas são as Leis que regem a vida em todo o Planeta Terra. Estão acima da vontade humana e não podem ser manipuladas. Atenta para elas e medita sobre a condição em que te encontras, diante delas. Esse é o teu auto-julgamento, feito no silêncio do teu coração. Ele define o futuro do teu caminho evolutivo.
Quando
supomos um mundo ordenado segundo um Plano Superior, conseqüentemente
depreendemos que esta ordenação implique num conjunto de princípios ou leis que
regem todos os fenômenos, quer se manifestem no nível físico, quer no nível
extrafísico. Dentro do conhecimento espiritualista encontramos vários estudos
a respeito do tema, alguns deles interpenetrando-se, apesar das diferentes
denominações. Realizamos aqui uma síntese sobre estes Princípios ou Leis,
objetivando levar-nos a refletir sobre a implicação destas Leis em nosso
comportamento diário, nas diferentes situações de vida com as quais nos
deparamos.
“A lei
natural é a Lei de Deus. É a única verdadeira e capaz de levar o homem à
felicidade, indicando-lhe o que deve fazer, tornado-o infeliz quando dela se
afasta. Todas as leis da natureza são divinas. Todos os Seres podem
conhecê-las, mas nem todos a compreendem, embora isto um dia venha a ocorrer,
porque o progresso também é uma lei. Embora exija investigação e reflexão, cada
Ser pode compreender estas leis de acordo com o seu grau de aperfeiçoamento e sobre
elas intuir, durante sua existência. Esta intuição irá constituir uma consciência
moral, capaz de lhe indicar, através de uma idéia, voz interior ou sensação, o
caminho a seguir. O predomínio dos maus instintos faz com que o Ser se esqueça
destas leis, infringindo-as cada vez mais e sofrendo as conseqüências advindas
deste mau procedimento.
Algumas
destas leis referem-se ao exercício do bem e do mal, constituindo um código de
ética e de moral, segundo o qual a regra é o bem proceder, distinguindo o bem
do mal, em observância às Leis de Deus. O homem procede bem, quando tudo faz pelo
bem de todos, porque assim cumpre a Lei Divina. Muitas vezes o homem comete
faltas que, mesmo sendo conseqüência da posição em que a sociedade o coloca,
não são menos repreensíveis. Mas a sua responsabilidade é proporcional aos
meios de que ele dispõe para compreender o bem e o mal. Assim, mais culpado é o
homem instruído que pratica uma simples injustiça, do que o selvagem que se
entrega aos seus instintos primitivos.
Embora “necessário”
dentro do nosso nível de aperfeiçoamento, o mal não deixa de ser o mal e esta necessidade
desaparece à medida que o Ser se aperfeiçoa. O mal recai sempre sobre quem o
ocasionou. Nestas condições, aquele que é levado a praticar o mal, pela posição
em que seus semelhantes o colocam, tem menos culpa do que aqueles que, assim
procedendo, o ocasionaram. Cada um é responsável não só pelo mal que haja
feito, mas também pelo mal que permita acontecer, quando pode evitá-lo.
Aproveitar-se do mal é como praticá-lo.
Aquele que embora não o faça, mas, desde que achando-o feito, dele tira
proveito, no fundo o aprova e o teria praticado se tivesse oportunidade.
Cumpre
a cada um fazer o bem no limite de suas forças, porquanto é responsável por
todo o mal que resulte de não haver praticado o bem. Todos podem praticar o
bem. Somente o egoísta não o sabe. Basta que se esteja em relação com os outros
homens para que se tenha ocasião de fazer o bem e não há dia da existência que
não ofereça oportunidades para praticá-lo. Fazer o bem não consiste apenas em
ser caridoso, mas em ser útil, na medida do possível e sempre que os préstimos
de cada um se façam necessários. No discernimento do bem e do mal, cumpre ao
homem obedecer às leis naturais, que regem o bem viver, em conformidade com a
Vontade Divina.”[2]
Este conjunto de conhecimentos pertence
às Tradições Sapientais da Humanidade e perdeu-se na memória dos tempos, pelo
predomínio da ciência sobre as tradições. Pode agora ser recuperado pela
avaliação de nossas próprias consciências, de nossas próprias verdades
internas, quanto à validade ou não de sua aplicação. Que possamos obter estas
respostas dentro de nós mesmos...
19.1. LEI DA
ADORAÇÃO: A intuição de uma Força Superior é presente em todas as
civilizações, desde a aurora dos tempos. Podemos encontrar pessoas atéias, em
função de registros inconscientes negativos, em relação às religiões, mas não
existem povos ateus. A adoração é
uma lei natural e significa a aproximação do homem com Deus. Levando-se em
consideração a existência dos Reinos Angélico, Hominal e Elemental, o
sentimento divino leva o homem ao reconhecimento de sua interligação e
pertinência ao Todo que é Deus. É também através da adoração, do contato com a
Mente Suprema, que o homem intui o seu verdadeiro caminho, a sua programação
inconsciente para a vida.
Adorar a Deus não significa reunir
palavras num discurso elaborado, no qual o sentimento não esteja presente. Deus
é Amor e o homem chega até Ele, através deste sentimento. Também não tem
utilidade a adoração a Deus sem obras, pois na natureza tudo deve ser útil.
Aquele que se retira para uma vida contemplativa (se não estiver trabalhando
nos mundos internos da manutenção das formas-pensamento positivas), muitas
vezes está fugindo de sua participação na obra de Deus. Mais testemunho de sua
fé dá aquele que consegue reconhecer o princípio divino no seu próximo do que
aquele que privilegia a forma da prática religiosa, com radicalismo e
intolerância. Cabe a cada um buscar dentro de si mesmo a verdade sobre suas
reais intenções.
A
oração é o instrumento do qual o homem dispõe para chegar até Deus,
entendendo-se como oração a elevação do sentimento e do pensamento até o
Altíssimo, com o objetivo de louvar, agradecer ou pedir. A oração não exige
formas elaboradas ou decoradas (estas serão utilizadas apenas na forma de
mantras e decretos, os quais precisam acumular um quantum energético maior). De
um modo geral, basta que o Ser mentalize e/ou verbalize (a palavra tem maior
efeito de manifestação) o seu pedido, sabendo por princípio de humildade, que
em todas as vezes será atendido naquilo que necessita, em função de seu
processo evolutivo e não, naquilo que deseja o seu Ego.
A idéia
de Deus como Força Única é uma conquista da humanidade em seu caminho
evolutivo. As sociedades primitivas, em seu desconhecimento das leis naturais,
atribuíam uma divindade á cada efeito ou fenômeno produzido, que estivesse
acima da compreensão humana. Hoje, sabe-se que a energia eletromagnética é um
todo que pode apresentar-se sob várias formas de manifestação e que tudo isto
ocorre em conformidade com um Princípio Único que é a Lei Divina. Aqueles que
acreditam na possibilidade de existência de outros deuses, além do Deus Único,
ainda se mantém prisioneiros da ilusão da separatividade, que tanto mal tem
causado à humanidade.
A Lei da Adoração também não exige sacrifícios
e auto-flagelações inúteis, quer em relação ao próprio Ser, quer em relação aos
animais. Estes ainda são comportamentos primitivos, originados pela crença num
Deus criado a imagem e semelhança do próprio homem (deus antropomórfico), ilusão
do Ego à qual ainda estão ligados os Seres mais imperfeitos (No Velho
Testamento vamos encontrar muitos relatos de sacrifício de animais, em função
desta visão antropomórfica de Deus). O objetivo da vida não é o sofrimento e
muitas vezes, o sofrimento que não traz nenhum benefício ou aprendizagem, quer
seja para quem o pratica, quer seja para a humanidade e, mais uma vez, o
critério de utilidade pode ser empregado para avaliação e compreensão dos
comportamentos. Adorar é estar em contato permanente com Deus e viver de acordo
com os seus ensinamentos. Adorar é ad+orar, ou seja: Orar com Deus.
19.2. LEI DO
TRABALHO: O trabalho também é uma Lei Divina. É dever de todo ser humano
tornar-se útil, em seu próprio benefício e no benefício dos demais. Numa
sociedade ideal, cada Ser realizaria a sua programação natural de vida, tendo
para isto todas as condições e qualidades que ele já possui dentro de si mesmo
e, ao mesmo tempo contribuindo para o benefício da humanidade. Colocado num
mundo cheio de recursos naturais, tendo em si a capacidade de transformar e
diante das necessidades que a própria vida cria, o trabalho para o homem surge
como uma conseqüência natural, em que ele desenvolve e utiliza sua
inteligência, atuando no meio em que vive e colaborando com a Obra Divina.
Pode-se depreender que o
trabalho é uma necessidade evolutiva, da qual nenhum ser está isento. Mesmo
aqueles que dispõem de recursos materiais, de riqueza, têm a função de gerar
bem-estar social, empregos etc., contribuindo para o progresso geral. Dentro
desse programa de aperfeiçoamento, muitos não terão necessidade de ganhar o pão
com o suor de seus rostos; cabe-lhes, entretanto, atuar de acordo com suas
habilidades para o benefício comum. A uns é dada a força física; a outros, a
inteligência; a outros a habilidade manual ou artística etc., cada um atuando
como co-criador com Deus.
Nos Reinos Elemental e Animal, o trabalho também se faz presente. O
vento, a chuva e a germinação são trabalhos de seres divinos responsáveis pelos
processos de criação da natureza. No Reino Animal, cada ser age, por instinto,
de acordo com a Providência Divina, na regulação e controle do equilíbrio
ecológico, nas suas diferentes formas de expressão da vida.
Assim como o trabalho é uma lei, o repouso é o seu complemento,
permitindo o descanso e ou reabastecimento das forças do organismo e a
liberação da mente, permitindo ao homem elevar-se e contatar novas idéias, que
por sua vez levam a novos benefícios e conquistas.
Aquele que
explora o trabalho do seu semelhante, que o escraviza, sobrecarregando-o além
do seu limite, desobedece à Lei Divina e por isto será responsabilizado. Mais
uma vez, podemos dizer que tudo aquilo que se distancia do ponto de equilíbrio
e não visa o bem, não é de acordo com as Leis de Deus.
19.3. LEI DE
CAUSA E EFEITO: Toda ação é efeito de uma causa maior do que a própria ação
em si; toda ação converter-se-á em indução e cada indução dará início a uma
seqüência de causas e efeitos, de forma sucessiva, até atingir o ponto extremo,
receptivo as induções da primeira ação, fechando-se o círculo. Deste modo,
jamais o ser humano poderá isolar-se em seu campo de ação, pois, neste ponto
entra a atuação de uma lei básica, chamada de lei da Propagação, que forma um
campo único que é a criação ou cosmos ou a própria causa e efeito. Toda causa tem seu efeito; todo o efeito tem a
sua causa; tudo acontece de acordo com a lei; o acaso é simplesmente o nome
dado a uma lei não reconhecida (sincronicidade). Há muitos planos de
causalidade, mas nada escapa à Lei. Carma é a palavra usada entre os hindus e
entre os ocidentais crentes na Lei da Reencarnação, e vários são os seus significados.
O mais comum de todos é que carma é a lei da causa e do efeito aplicada à vida
humana, isto é, lei que cobra e recompensa tudo aquilo que a alma fez ou semeou
de bom e de mau. Para os hindus o carma significa recompensa que, como um juiz,
premia com bem os bons e pune com o mal aos injustos e impuros. A libertação de
cada um de nós depende do conhecimento das Leis Espirituais, onde está a
verdade. Mas até que conheçamos as Lei Divinas e nos tornemos senhores, seremos
escravos da nossa ignorância, que nos faz errar a cada hora e temer a tudo
quanto desconhecemos. Cada força cármica deve descarregar a sua energia, porque
o que o homem semeia, colherá. Portanto, quando o homem morre, suas forças
cármicas são cuidadosamente balanceadas, de maneira que a ação recíproca do bem
e do mal possa produzir como resultado final, um remanescente de bem (Terceiro
Incluso da Física Quântica), por menor que seja. Esse ajustamento é feito pelos
“Senhores do Carma ou Arquivistas”, essas inteligências benfazejas que, no
Plano do Logos, agem como árbitros do carma. Elas não recompensam nem punem;
limitam-se a aferir a apuração das forças postas em ação pelo próprio homem, a
fim de que o seu carma possa ajudá-lo a dar um passo para a frente, na
evolução. Em sânscrito, carma, no seu sentido positivo, significa tarefa,
trabalho (missão existencial). No sentido negativo corresponde ao significado
bíblico de pecado, originário do termo latino pecus: Pecado é desviar-se da missão existencial.
19.4. LEI DO
GÊNERO: O gênero está em tudo; tudo tem o seu princípio masculino e o seu
princípio feminino. O gênero se manifesta em todos os planos. O princípio do
gênero opera no plano físico pela geração; no plano mental pela regeneração e,
no plano espiritual, pela criação. A geração representa a formação; a
regeneração, o aperfeiçoamento; a criação, a realização completa. A palavra
gênero origina-se da raiz latina GENUS (reunião de espécies que se assemelham);
a palavra Seres refere-se à distinção entre as coisas materiais, onde não há
diferenciação efetiva de gênero e os Seres vivos que podem apresentar estas
duas qualidades: Macho e fêmea.
O princípio masculino consciente é caracterizado
pela vontade, em todas as suas modalidades e é próprio da sua essência
projetar-se exteriormente. O princípio feminino tem o atributo de poder
elaborar todas as impressões, todos os germens-pensamentos que ele atrai com
avidez. Todos os seres machos ou positivos têm também o seu lado feminino ou
negativo; todos os seres femininos ou negativos tem igualmente seu elemento
masculino ou positivo.
O
corpúsculo feminino, obedecendo a Lei da Repulsão, afasta-se da massa atômica e
começa uma carreira independente, procurando encontrar um corpúsculo masculino.
Quando o encontra, as forças de ambos, combinadas pela atração, atraem outros
corpúsculos femininos que giram separadamente, porém, em um grupo uníssono, ao
redor dos centrais corpúsculos masculinos, até que se polarizem em suas
naturezas e qualidades. Enquanto giram, compõem um átomo e toda matéria resulta
das atividades de átomos em grupos moleculares. Logo que se realiza a
polaridade, cada corpúsculo feminino restabelece seu equilíbrio e procura nova
afinidade com outro corpúsculo masculino, formando com ele novo átomo e, em
seguida dissociando-se novamente. E assim, todas as condições materiais são
produzidas por esta constante procura de afinidades, pela parte dos corpúsculos
femininos e pela dissociação que tem lugar depois da combinação do positivo com
o negativo. Este é o modo de toda vibração e o princípio de todo movimento do
mundo físico.
Da união ou combinação desses
corpúsculos femininos ou elétrons, surgem os diferentes fenômenos da luz, do
calor, da atração, da repulsão, da afinidade química, bem como de vários outros
fenômenos semelhantes. A tarefa do princípio masculino consiste em dirigir a
energia que lhe é inerente, para o princípio feminino e assim, pôr em atividade
o processo criativo. Mas o princípio feminino é sempre o único que faz a ativa
obra criadora e isto é assim em todos os planos. Cada princípio é incapaz de
ativar a energia operativa sem o outro. Em muitas formas de vida, os dois
princípios estão combinados num só organismo hermafrodita. Por esta razão, tudo
no mundo orgânico manifesta-se em ambos os gêneros: Há sempre o masculino
latente na forma feminina e o feminino latente na forma masculina. Cada forma
deverá se expressar em função das necessidades evolutivas do Ser e, qualquer
distorção neste sentido significa que ele está prisioneiro de memórias
transpessoais que o impedem de expressar-se na forma determinada pela Lei.
O
princípio masculino da mente corresponde à chamada mente objetiva, mente
consciente, mente ativa; e o princípio feminino da mente corresponde à chamada
mente subjetiva, mente subconsciente involuntária (Sistema Nervoso Autônomo) ou
mente passiva. A tendência do princípio feminino é sempre receber impressões,
ao passo que a tendência do princípio masculino é sempre dá-las ou exprimi-las.
O princípio feminino tem um campo de operação mais variado do que o princípio
masculino. O princípio feminino dirige a obra da geração de novos pensamentos,
conceitos, idéias, incluindo-se aí, a obra da imaginação.
O masculino e o feminino
são igualmente relatividades do mundo da forma. Homens e mulheres são, acima de
tudo, Seres, criaturas de Deus. Ambos têm funções específicas em relação ao
outro e quando isto é compreendido, homem e mulher passam a formar um todo, que
caminha harmoniosamente. Quando cada um puder perceber o que pode aprender com
a polaridade oposta que o outro representa, o equilíbrio será descoberto e
restabelecido.
19.5. LEI DA REPRODUÇÃO:
A reprodução é uma função dos seres em evolução e tem por objetivo cumprir a
Lei Divina. Assim como nos reinos vegetal e animal, existe um processo de
seleção natural, também no reino humano, os fenômenos naturais e os flagelos em
geral, têm uma função de reequilibração (o mal está contido no bem, e tem
também sua parcela de atuação no progresso da humanidade). O ser progride
através do conhecimento, da dedicação ao outro ou, em último caso, pelo
sofrimento. Podemos dizer que assim como tudo mais na natureza, as civilizações
nascem, crescem e morrem e as raças vão se sucedendo umas às outras.
A primeira Raça-Raiz, a raça vermelha,
era constituída por Seres vindos de Marte, o planeta vermelho (daí dizer-se que
Adão foi feito de barro) e habitou o Planalto Central brasileiro, nos
primórdios do surgimento da humanidade na Terra, dando origem a Raça Adâmica, a
qual sequer tinha um corpo físico propriamente desenvolvido. Ainda estava mais
ligada às dimensões supra-físicas da vida do que ao plano tridimensional. Sua
visão interna era maior do que a externa e seu contato com Deus, muito mais direto,
contato este simbolizado pela metáfora de Adão e Eva no Paraíso.
A Segunda Raça-Raiz (a Amarela – da
qual temos poucas informações) evoluiu durante milênios, dando tempo a que se
procedesse à necessária adaptação ao meio ambiente. Depois vieram a terceira
Raça-Raiz (a Lemuriana), a Quarta Raça-Raiz (a Atlante), e a Quinta Raça-Raiz
(a Ariana), a raça atual. Neste momento que corresponde à freqüência do Sétimo
Raio (o último ciclo de dois mil anos da Roda Cósmica), nasce a Sexta
Raça-Raiz, que traz o conhecimento da energia, do abstrato, em substituição ao
concreto e que, por sua vez, cederá lugar à sétima Raça-Raiz, a raça da
espiritualização, do retorno ao Divino, do reconhecimento de Deus como O
Princípio e o Fim, o Alpha e o Ômega. O conhecimento das Raças-Raízes, como
raças evolutivas, será objeto de estudos em apostila complementar.
Dizer que a Lei da Reprodução
precisa ser respeitada não significa dizer que o homem não pode utilizar o
conhecimento científico para o controle adequado da natalidade; apenas este
controle precisa ser feito em conformidade com a Lei Maior. Nem todos têm um
programa de reprodução em cada existência, mas àqueles que o possuem, cabe
cumpri-lo, e todo aquele que interfere neste processo, impedindo que ele se
cumpra, por egoísmo ou negligência, desrespeita a Lei. Através da Técnica de Captação
Psíquica[3],
observamos grandes lições de vida sobre o assunto, diante dos fenômenos que se
apresentam. O aborto, ao ceifar a vida do Ser que teve a oportunidade de vir ao
mundo, traz conseqüências nefastas para aquele que o provocou. Por outro lado,
a paternidade ou maternidade irresponsável altera o equilíbrio populacional do
planeta, prejudicando o processo evolutivo. Mais uma vez, o conhecimento da
programação inconsciente para a existência, torna-se fundamental para o
cumprimento da lei e a manutenção do equilíbrio individual e planetário.
Quando um homem, ou uma mulher deixa
de cumprir sua programação inconsciente para a paternidade ou maternidade, sem que
para isto tenham um motivo justo (Deus julga a intenção), estão desrespeitando
a Lei, assim como aqueles que influenciam ou decidem por outros, interferindo
inadequadamente neste processo. Por outro lado, aquele que não veio com a
tarefa de procriação e utiliza inadequadamente suas forças genésicas
(sexualidade) de modo inconseqüente, é responsável por isso. Dentro desse
programa, o casamento, a ligação física, mental e genésica entre dois seres,
representa o apoio necessário à formação de novas vidas. Mais uma vez, cabe
ressaltar que nem todos trazem programação para o casamento e quando ele
acontece em desacordo com a Lei Divina (aquilo que Deus uniu, o homem não pode
separar), está fadado ao insucesso. Pode ocorrer, ainda, que embora o casamento
esteja programado no inconsciente, como experiência evolutiva, o casal nele
envolvido não consiga cumprir as tarefas de parte a parte, em função de
interferências externas ou falta de vontade efetiva para enfrentar estas
interferências.
Da mesma forma que o casamento, o
celibato pode fazer parte da programação inconsciente de alguém. Deus, que a
tudo prevê, muitas vezes em seu programa, necessita de pessoas livres de laços
familiares para a realização de determinadas tarefas, em benefício de um grupo ou
até mesmo da humanidade. Isto é bem diferente da situação em que alguém se
torna celibatário por egoísmo ou por fuga ao seu papel e às suas
responsabilidades, como pai ou como mãe. Em tudo há que se avaliar a utilidade
e o bem que cada procedimento pode gerar.
Comum nas civilizações mais antigas, a
poligamia tende a desaparecer com o progresso da humanidade. Ela está baseada
na valorização dos sentidos, em lugar dos sentimentos e no desconhecimento da
relatividade do papel masculino e feminino, presentes apenas como aspectos da
manifestação da energia no mundo da forma, mas sem valorização ou supremacia de
um sobre o outro, do ponto de vista espiritual. O fato de nascer homem ou
mulher está relacionado ao tipo de aprendizagem que cada Ser em evolução necessita
viver e o aumento da quantidade de mulheres no mundo atual, em relação ao
número de homens, está associado à necessidade evolutiva do aspecto Yin, mais
voltado para o subjetivo e para a interioridade dos sentimentos.
19.6. LEI DA CONSERVAÇÃO:
A preservação da vida, em todas as suas formas, é uma lei natural e o homem o
sabe, instintivamente, pois da vida depende o progresso da humanidade. É
através das diferentes situações e experiências de vida que a aprendizagem se
realiza. Para este fim, a natureza coloca ao dispor do homem todos os recursos,
quer sejam internos (qualidades e potenciais a serem por ele expressos), quer
sejam externos (bens materiais ou recursos naturais em geral), necessários ao
seu aperfeiçoamento. Dentro deste princípio, o homem tem todas as condições
para ser naturalmente bem sucedido. Quando isto não acontece, significa apenas
que ele está se distanciando de sua programação natural, buscando atividades
para as quais não dispõe das habilidades necessárias, ou as possui, mas em
estado latente e não, para serem manifestadas. Para todos há lugar ao sol, mas
é preciso que cada um ocupe o seu próprio lugar e não, o dos outros. Cada um só
pode obter sucesso, agindo de acordo com a própria programação de vida. Neste
sentido, a inveja leva o invejoso a desviar a atenção de seus próprios
potenciais, para apreciar os potenciais alheios, distanciando-se de sua tarefa
existencial e atrasando seu processo evolutivo.
O orgulho, a ambição, o egoísmo, o
desejo de poder, as imperfeições humanas em geral, ocasionam o desequilíbrio na
utilização dos recursos necessários à manutenção da vida. A natureza é rica e,
fazendo parte integrante desta natureza, o homem é naturalmente próspero. Em
função de sentimentos de culpa, apego aos bens materiais, medo de perdê-los,
auto-punição, aprendizagem de humildade, etc., o próprio homem, muitas vezes se
proíbe de ter; ou, por egoísmo, quer tudo para si, buscando acumular bens e
perdendo a noção de equilíbrio entre o necessário e o supérfluo. O homem já
possui este conhecimento intuitivamente e, se a sua mente não estiver
obscurecida pelas baixas tendências da Personalidade, esta orientação irá fluir
do seu Eu Superior à mente consciente, no sentido do desapego, permitindo-lhe
utilizar os recursos da matéria sem deixar-se dominar por eles.
Aos olhos de Deus, privações e
mortificações não têm utilidade. Aquele que divide o que possui, contribui para
a Obra Divina; aquele que se proíbe de ter, alimenta a pobreza e o infortúnio.
Aquele que maltrata o próprio corpo, mortificando-o, flagelando-o, está
desrespeitando a obra do Criador, pois deixa de reconhecer Sua Obra, feita a
Sua Imagem e Semelhança e por isto mesmo, digna de respeito e consideração. O
homem somente será capaz de respeitar o
seu semelhante , quando souber respeitar a si próprio, reconhecendo em si e no
outro a Presença Divina que alimenta a vida.
19.7. LEI DA DESTRUIÇÃO: A
criação e a destruição representam polaridades energéticas do continuum
transformação (na natureza nada se cria, nada se perde; tudo se transforma).
Como co-criador com Deus, o Ser Humano não cria os elementos, mas é capaz de
transformá-los, dando-lhes forma e utilidade. Transformar as energias e a
matéria do mundo tridimensional é a primordial tarefa da humanidade. Como
co-criador, cabe ao homem atuar sobre a matéria, construindo e destruindo, para
que se proceda a transformação, desde que suas ações respeitem as demais leis
naturais e que, por mais uma vez, ele não esteja se deixando levar por suas
paixões humanas. Neste sentido, a destruição abusiva, que não visa a produção
de um bem maior é um desrespeito à Lei.
Os flagelos e as guerras são
processos destrutivos, gerados pelo desequilíbrio e ignorância da própria
humanidade. Sendo os elementais
forças da natureza que não têm consciência própria, mas apenas refletem como
espelhos a consciência humana, descarregam a negatividade produzida pelo homem,
restabelecendo assim o equilíbrio. À medida que o homem vai expandindo sua
consciência e desenvolvendo o controle sobre o bem e o mal, que ele próprio é
capaz de produzir, estes mecanismos automáticos de descarga e reequilíbrio
deixarão de ser necessários.
A crueldade e o assassinato são
comportamentos totalmente contrários às Leis da Natureza e refletem apenas a
baixeza de sentimentos de alguns homens, bem como a sua total ignorância quanto
aos princípios que regem a integridade física e a vida como bênçãos divinas.
Quanto à pena de morte, ela é defendida apenas por aqueles que somente vêem o
que é imediato e julgam pelas aparências do mundo concreto. Estes desconhecem
todas as interligações entre os Seres humanos e limitam a compreensão da vida
ao período entre o nascimento e a morte, parecendo-lhes que esta pode
representar um fim para as maldades dos homens. Apenas a transcendência de si
mesmo, além do Ego, além da própria verdade pessoal, além da pequena parte que
ele pode perceber, permite ao homem começar a compreender a Verdade mais ampla
que rege o Universo.
19.8. LEI DA COMPLEMENTARIEDADE:
Servindo às ações de múltiplas interinfluenciações, atua a Lei da Complementaridade
de eventos, que conjuga cada elemento de um evento aos elementos
circunvizinhos, ou até mesmo elementos que não sejam vizinhos (salto quântico),
mas que são compatíveis ou afins (ver Lei da Afinidade). Todas as energias se
complementam de alguma forma, havendo entre elas, sempre, um ponto de ligação.
19.9. LEI DA AFINIDADE: É
através desta lei que ocorre a interinfluenciação, mesmo que não se verifique a
proximidade concreta dos corpos (salto quântico); isto porque a afinidade é a
atração entre as energias dos campos, sejam elas de origem química, psíquica,
emocional ou física, na qual se estabelece uma permuta ou intercâmbio
interinflueciativo (mesmo à distância). Todas as energias afins se atraem,
através do cosmos.
19.10. LEI DO RETORNO:
O ser humano necessita urgentemente refletir sobre a verdadeira importância da
conjugação destas Leis Cósmicas, no imenso Campo Uno (a Criação), pois elas
lhes afetam em todos os momentos de sua vida, mesmo que não as conheçam ou não
as identifiquem. O próprio ser humano é a conjugação e a incorporação desse
conjunto de Leis Básicas. Daí, dizer-se que “o ser humano é a miniatura do
cosmos, em sua estrutura individual”. Estas leis induzem ao funcionamento do
ser humano e, ao mesmo tempo, atuam induzidas por ele, no âmbito maior das
criaturas e da criação, através da Lei da Inter-influenciação. Desse modo, o ser
humano, que faz parte deste âmbito maior, viverá e atuará em função do retorno
de suas próprias induções emitidas e reverberadas, estabelecendo-se assim este
intercâmbio. Em função da Lei do Retorno, fecha-se o círculo da ação e reação.
19.11. LEI DA SOCIEDADE: O
homem tem necessidade de viver em grupo para o seu aperfeiçoamento, pois é
através dos atritos entre as diferenças, que a pedra vai se tornando polida e
expressando todo o seu brilho natural. As diferenças naturais dos Seres Humanos
permitem comparações e avaliações, sendo cada um para o outro, o espelho no
qual se mira, cria desejos de melhoria e percebe suas próprias falhas. A vida é
rica em experiências de troca e, embora muitas vezes estas experiências sejam
sofridas, invariavelmente levam ao crescimento espiritual, ao estabelecimento
de novas metas de progresso a serem atingidas. Quando o ser está voltado para o
mal, por seu livre arbítrio, pertence-lhe a responsabilidade pelos entraves que
causar ao progresso.
A atração pela
vida social é intuitiva no homem e quando alguém busca o isolamento,
normalmente o faz em função dos mecanismos de defesa, que passam a atuar após
experiências traumáticas. O isolamento é a negação da oportunidade de aprender
e ensinar, através das diferenças, pois se todos fossem iguais, não haveria
progresso. O voto de silêncio, que não tenha como objetivo a manutenção de um
modelo divino (como no caso das Veladoras Silenciosas que sustentam o Modelo
Divino do Universo), também não atende às exigências da Lei. Cabe ao homem,
pelo uso de sua inteligência, saber quando falar e quando calar e tanto um
extremo quanto o outro, pode gerar o desequilíbrio. Quando o Ser Humano tiver
plena consciência do poder de sua palavra, passará a usá-la com ponderação,
sabiamente, obtendo resultados valiosos com aquilo que passar a manifestar no
mundo da forma, através do poder da linguagem.
Dentro do Imenso Plano de
Aperfeiçoamento, os laços familiares, sob as pressões sociais, criam condições
adequadas para o burilamento das divergências, muitas vezes inconscientes, que,
não fosse a ligação familiar, manteria determinadas pessoas afastadas entre si.
Sob o peso dos papéis familiares e sociais cobrados dos pais em relação aos
filhos e vice-versa, as imperfeições humanas são trabalhadas no laboratório da
grande escola que é a vida.
19.12. LEI DO PROGRESSO:
Trazendo em si o germe do aperfeiçoamento, o homem não foi destinado a viver
perpetuamente no estado natural, assim como não pode permanecer na infância. O
progresso não se dá linearmente em todos os sentidos. Alguns progridem mais no
âmbito intelectual; outros moralmente; outros, afetivamente através das várias
experiências de vida, e uma vez alcançado um grau de progresso, não há como
voltar atrás. A marcha do progresso cumpre-se inexoravelmente, porque esta é a
Lei. Muitas vezes o homem, na sua ignorância, o atrapalha, mas jamais consegue
impedir que ele prossiga (a humanidade progride no ritmo dos mais lentos, até o
final de cada ciclo evolutivo, quando ocorre o salto quântico, que estamos
vivenciando neste momento). Dentro deste processo, civilizações nascem, crescem
e morrem, compondo etapas somente compreensíveis pela a visão de totalidade, na
qual a sucessão das raças, elevação e queda das civilizações representam ciclos
dentro de um programa maior.
À
medida que a humanidade caminha, o conhecimento humano vai despertando, vai se
abrindo para o conhecimento supremo, nesta longa jornada de retorno a Deus.
Somente quando a legislação humana estiver em
conformidade com as Leis Cósmicas, a humanidade alcançará a condição de
vida que lhe foi prometida e que ela tanto busca, embora nem sempre saiba como
nem onde encontrá-la. Se procurarmos um progresso linear, não o encontraremos.
Precisamos compreender o progresso como uma força atuando dentro de um campo
energético de atrações e repulsões, como as ondas do mar que, ao ritmo do
balanço, seguem a sua maré, sob o efeito do yin e do yang, as duas polaridades
energéticas.
19.13. LEI DA IGUALDADE:
Todos são iguais perante Deus; apenas cada um no seu próprio momento do tempo.
Aquele que está à frente iniciou a sua caminhada lá atrás; aquele que vem lá
atrás, invariavelmente chegará ao término do seu caminho em direção a Deus,
porque esta é a Lei.
A valorização das
desigualdades é, mais uma vez, fruto da ignorância humana em relação ao todo.
Cada Ser traz para a existência uma programação divina a ser cumprida, tendo em
si as aptidões necessárias para o seu êxito. Numa sociedade ideal em que este
princípio fosse obedecido, cada um seria útil a si próprio e à comunidade e a
partir da troca de experiências, ocorreria o progresso. A aptidão de cada um
pode ser passada ao outro, e todos são caminhantes na mesma estrada.
As desigualdades sociais e econômicas
criam oportunidades para a realização da programação de cada um. Aquele que
está num degrau social superior pode aprender a liderar sem humilhar, e
dispondo de recursos materiais, tem a função de gerar benefícios sociais e
oportunidades de trabalho. O rico e o pobre são seres em experiências de vida,
que criam a oportunidade para que as imperfeições humanas possam ser
elaboradas. O rico terá a oportunidade de testar o seu orgulho, desejo de poder
etc. O pobre poderá elaborar a sua capacidade de luta, sua criatividade, a
aceitação das Leis Maiores e, à medida que todos passem a compreender e
respeitar a Lei, tais diferenças deixarão de ser necessárias como forma de
aprendizagem, pois são diferenças relativas ao mundo da matéria, sem
significado para o todo maior, onde todos são iguais em oportunidades
evolutivas.
19.14. LEI DA JUSTIÇA: Deus
é soberanamente justo e bom. O que o homem percebe como injusto é resultado da
sua própria emissão de energia não qualificada e de sua visão limitada a uma
parcela do Todo. A justiça maior se resume em fazer ao outro o que gostaríamos
que nos fizessem. Na dúvida quanto ao certo ou errado, basta que o homem se
coloque no lugar do outro e avalie se gostaria que alguém assim procedesse com
ele. Mais uma vez, os entraves ao cumprimento das leis são as falhas humanas.
Quando o ser descobrir dentro de si a própria luz, o próprio princípio divino
que habita o seu Ser e permitir que este Amor flua do seu coração em seu
benefício e no benefício do seu semelhante; quando o Ser aprender a amar a si
próprio aceitando-se nas suas imperfeições; quando o Ser descobrir que Deus lhe
concedeu a liberdade e o poder sobre as duas energias (o bem e o mal) e
escolher o bem, realizando a Grande Obra Divina do aperfeiçoamento, a Lei do
Amor Universal será cumprida, produzindo a caridade natural, e gerando
benefícios para o bem comum.
19.15. LEI DO REAJUSTE:
observe-se que no Cosmos ou Criação, a estrutura menor (micro-cósmica) é a base
da estrutura maior (macro-cósmica). Sendo assim, é natural que o envoltório
desta estrutura maior induza à que a estrutura menor se aperfeiçoe e ganhe a
condição necessária para ingressar no estágio imediatamente superior. Deste
modo, realiza-se a Lei do Reajuste para que se harmonizem os elementos afins.
Este é um comportamento cósmico e também um comportamento do ser humano, que se
repete em todas as suas atitudes, quer sejam sentimentais, racionais,
dedutivas, digestivas e em tudo que pensarmos, pois todo campo de ação atrai
automaticamente um campo de reação; e todo campo de reação induz a que seja
formado outro campo de ação e, assim, sucessivamente.
Neste momento da evolução planetária, o reajuste está
representado pelo simbolismo do final dos tempos; do final de um ciclo
evolutivo, em que ocorre um salto quântico da parcela da humanidade que já
tenha alcançado determinado padrão evolutivo. Neste momento de reajuste,
aqueles que não alcançaram este padrão, continuarão suas evoluções em outro
planeta.
19.16. LEI DA ANALOGIA: Este
princípio encerra a verdade quanto à correspondência entre as leis e fenômenos
dos diversos planos da existência e da vida. “O que está em cima é como o que
está embaixo e o que está embaixo é como o que está em cima”. É por meio deste
princípio que podemos compreender aquilo que para nós era até então
desconhecido, tais como os planos emocional, mental, e espiritual do planeta,
os quais jamais poderemos acessar, por intermédio dos nossos sentidos do corpo
físico, sem a participação de nosso nível mental superior. Verificamos, pelo
auxílio da Lei da Analogia, que as leis que governam a natureza e presidem as
atividades de uma ameba, são exatamente iguais àquelas que governam as
atividades dos demais seres, até chegar ao próprio homem.
Pode-se
dizer que a célula está para o homem assim como o homem está para toda a
humanidade. Pode-se dizer também que cada célula possui o seu intelecto, o seu
mental, porque ela vive, move-se e existe, segundo leis complexas e se reproduz
indefinidamente, exatamente como o homem que ela compõe. Se passarmos agora ao
invisível, veremos a soma dos intelectos de um grupo de células, compor o
mental de um órgão e formar uma das unidades do nosso aglomerado psíquico – O
Homem.
19.17. LEI
DA VIBRAÇÃO: Nada está parado; tudo se move; tudo vibra. Este princípio
explica e prova que desde o Todo, que é puro espírito, até a mais grosseira
forma de matéria, tudo vibra. Esta Lei mostra a ligação existente entre
fenômenos aparentemente distintos, servindo para provar a completa
homogeneidade de todo o Universo. Assim, todas as formas de energia são
acompanhadas e diferenciadas por distintos graus de vibração. Cada estado
mental ou emocional tem sua vibração própria e o segredo do contágio universal
é devido ao fato de que as vibrações similares se ligam através da natureza
emocional das pessoas, tornando-as sujeitas à influência emocional de outros.
Todas as manifestações, quer sejam de pensamento, vontade, emoção ou desejo,
são causadas e acompanhadas por vibrações de uma alta ordem, e estas vibrações
tendem a influenciar outras, no campo da indução e a estabelecer mais outras
similares. Neste aspecto está o segredo da influência vital e magnetismo
pessoal. A vibração do espírito é de uma intensidade e rapidez tal que,
praticamente, poder-se-ia compará-la a uma roda que, devido à sua excessiva
velocidade, se nos afigura estar parada. Na extremidade inferior da escala
estão as grosseiras formas da matéria, cujas vibrações são tão vagarosas, que
também parecem estar paradas. Entre os dois pólos, existem milhões de graus
diferentes de vibração.
19.18. LEI DA PROPAGAÇÃO: Tudo
o que o ser humano pensa e sente gera um campo de ação (forma-pensamento
preenchida pela energia dos sentimentos). Este campo de ação plasma-se num
outro campo de irradiação, chamado éter etérico ou akáshico. Este, ao
irradiar-se, dará origem a outra ação e, esta, conseqüentemente, resultará numa
indução de reação ao comportamento anterior.
19.19.
LEI DA INTERINFLUENCIAÇÃO: Esta lei atua num imenso campo único,
de modo que ele não se desagregue, bem como, no sentido de que nada nele
contido (molécula ou átomo) se desprenda. Poderíamos também chamá-la de Lei da
Coesão. Tudo se interliga com tudo.
19.20. LEI DA POLARIDADE: Tudo é duplo;
tudo tem pólos; tudo tem seu oposto; o igual e o desigual são a mesma coisa; os
opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em grau; os extremos se
tocam; todas as verdades são relativas; todos os paradoxos podem ser
reconciliados. A mentalidade do homem, submetida a esta lei, tem como pólos a
Consciência Superior no positivo e o Instinto no negativo, tendo ainda, a mente
externa entre os dois, como ponto de equilíbrio. A consciência enquanto
material disponível à lembrança, corresponde apenas a 10% do poder mental do
ser humano. A aplicação da mais elevada importância deste princípio é a
possibilidade de mudar o tom das vibrações de um pólo para o outro, na escala
em que elas se produzem (transmutar o ódio em amor; o mal em bem, etc.) pela
aplicação consciente da vontade e dos processos auxiliares adequados. Não
somente é possível mudar a própria polaridade, mas ainda, por influência
direta, a de outras pessoas, sempre que a Lei Divina o permita. Eis aí, o
tratamento mental em sua simples descrição (ressignificação, transmutação).
O positivo pode agir sempre
sobre o seu negativo, mas o negativo é, pela sua própria essência, sem ação
possível sobre o seu positivo, salvo por perversão voluntária, permitida (livre
arbítrio). Tal é pois a Lei, e é apenas por contravenção a esta lei que o mal
existe; forma por isso um estado de equilíbrio instável (desequilíbrio) em que
o mínimo esforço pode restabelecer a norma. O mal não possui uma existência real;
é tão somente uma relatividade fugaz; sua essência é o nada. O mal é pois uma
orientação retrógrada; uma involução contra a natureza, que é fácil de
aniquilar pela aplicação consciente das Leis da Cósmicas. Os opostos são a
mesma coisa, diferindo somente em grau, como por exemplo: calor e frio (diferentes graus de
temperatura); luz e escuro (diferentes graus de luminosidade); amor e raiva
(diferentes graus de sentimento). O conhecimento do princípio da polaridade permite
ao homem transformar-se, tornando-se senhor de seus pensamentos, sentimentos,
palavras e atos, e dirigir as forças da natureza, obtendo efeitos que, na
opinião dos ignorantes, representam os chamados milagres (transmutações).
Tudo
tem seu oposto, que é o outro pólo da sua manifestação. O que quer que se
afirme de um dos pares de opostos, deve-se negar ao outro; e o que quer que se
negue a um, deve-se afirmar ao outro. Há sempre um ponto de equilíbrio entre os
pólos de cada par de opostos. No ponto central está o poder sobre todas as
coisas. Quando se diz: “A ação e reação se igualam”, isto indica um ponto
central, onde se encontra a verdadeira alavanca de força formidável que tudo
moverá (o ponto de equilíbrio entre os extremos).
19.21. LEI DO MENTALISMO INTEGRAL: O
todo é Mente; o Universo é Mental. Se tudo é mente, vivemos dentro desta Mente,
que podemos denominar Mente Universal e com a qual estamos sempre em
comunicação, por meio de nossas mentes individuais. À proporção em que
progredimos e evoluímos emocional, mental e espiritualmente, maiores se tornam
as nossas possibilidades de conhecimento das sublimes leis que regem a
natureza, alargando-se consideravelmente o nosso horizonte espiritual. O
Mentalismo é uma força infinitamente poderosa, de possibilidades ilimitadas,
originando preliminarmente a inteligência e tendo como conseqüência o
adiantamento físico, moral, mental, científico, artístico e espiritual, em cada
um de nós.
A Lei do Mentalismo
encerra o conhecimento das verdades oriundas da Única Verdade. Ela está na
designação da Biologia, Fisiologia, Física, Química e demais ciências que
consideram e estudam a vida nas suas propriedades gerais e especiais. O Mentalismo explica a verdadeira natureza da
Energia e da Matéria, bem como o porquê de todas elas se encontrarem subordinadas
ao domínio da Mente.
19.22. LEI
DO RITMO: Tudo tem um fluxo e refluxo; tudo tem suas marés; tudo se
manifesta por oscilações compensadas; a medida do movimento à direita é a
medida do movimento à esquerda; o ritmo é a compensação. Manifesta-se esta lei
tanto na criação, quanto na destruição dos mundos. Tanto no progresso e
elevação das nações, quanto no seu retrocesso e queda; na vida de todas as
coisas e, bem assim, em todos os estados mentais do homem. Tudo inspira e
expira. Tudo sobe e desce. Tudo palpita. A palavra ritmo quer dizer: Impulso em
movimento regular, em tempos determinados, com seqüência alternada. O termo
alternado quer dizer variação sucessiva. Ocorrer significa acontecer ou
repetir-se por intervalos, de modo regular (pêndulo). A evolução da terra em
torno do seu eixo e em torno do sol, num tempo de perfeita regularidade; a
oscilação de um metrônomo e até mesmo a medida presente na poesia e na música,
são expressões e significações do que seja o ritmo, que assim quer dizer: oscilação
compensada e em tempo regular. O período entre os dois impulsos alternados
constitui a ordem, grau ou pulsação do ritmo: A medida rítmica dá
periodicidade. O termo periodicidade emprega-se com relação ao estado de
ocorrência intervalada. Toda causa fenomenal tem sua pulsação rítmica ou medida
de periodicidade. Toda pesquisa científica, feita em tal sentido, afirma: Tudo
pulsa.
19.23. LIBERDADE: A
liberdade humana é uma liberdade relativa. O direito de cada um termina onde
começa o direito do seu semelhante. Embora paradoxal, é livre o homem que
reconhece que acima de sua vontade existem leis maiores que protegem o bem
comum, e quanto mais ele agir de acordo com estas “limitações”, entendidas como
regras superiores, mais autônomo será em relação a si próprio, mais terá Deus
dentro de si e mais será capaz de realizar, pois estará em plena harmonia
vibratória com o Todo
.Aquele que tenta impor sua forma de pensar ao outro,
impedindo-o de expressar o próprio Ser, desrespeita a Lei e interfere na programação
alheia, tornando-se responsável por isto. As várias formas de escravidão, de
aprisionamento econômico, moral, social etc., são ainda expressões de baixeza
dos sentimentos humanos, apoiados apenas na percepção da vida material. Cada um
traz dentro de si uma Consciência Superior, a sua parcela da Verdade Total. De
acordo com o princípio do livre-arbítrio, são de sua inteira responsabilidade
as escolhas que realiza. Cada ser tem direito às próprias crenças, desde que
respeite as crenças do seu próximo, não se colocando como o dono da Verdade
Absoluta, que pertence a Deus. Valores e crenças são instalados em função de
necessidades emocionais e evolutivas, protegidas pelos mecanismos de defesa do
Ego. Inconscientemente, em contato com o Todo Maior, estas divergências
tornam-se insignificantes e tenderão a desaparecer com a ampliação da
consciência do homem, pois a Verdade Divina é uma só.
19.24. LEI DA TRANSFORMAÇÃO:
Se o ser humano vive e se sujeita apenas a seus instintos e reflexos que recebe
e aceita do ambiente maior da mente coletiva, sem mesmo questionar-se, ele é
apenas um ser mecânico. No entanto, a partir do momento em que ele passa a
indagar a si mesmo, se deve ou não
receber estas induções, ele estará ativando sua consciência que reordenará e
livrá-lo-á do campo de influência do meio ambiente, saindo assim do círculo
vicioso. Ele deixa de ser induzido para ser indutor, começando a transformar
sua atitude, que antes era simplesmente receptiva-passiva a estas induções
ambientais, numa atitude ativa, começando a emitir ondas de ação
transformadora, através de atitudes conscientes assumidas pela
sua Individualidade. Assim a Lei de Retorno cumpre seu círculo de ação e
reação.
As
leis que regem os Universos ou a Criação e suas Criaturas são simplesmente o
comportamento do princípio ativo advindo da Grande Fonte da Divindade, o
Criador. Este princípio único que é energético, ao se infiltrar nas regiões
aparentemente vazias, manifestar-se-á, segundo as possibilidades que encontrar,
pois, através da lei da Propagação, ela atua levando elementos que vão
induzindo e assumindo expressões cósmicas. Todos são Um e esta grande Unidade é
feita pela integração do todo menor no Todo Maior. Do mesmo modo, a “Grande
Consciência”, que elabora este plano de ação e reação, é formada por todas as
consciências que a compõem: - Todos fazemos parte de uma realidade e
comportamento único. O Grande Uno, ao se multiplicar, mantém matematicamente, a
sua essência inalterada. Este é o grande mistério da manifestação.
O ser humano ignora que faz parte do
Todo, julgando-se uma Individualidade isolada e concentrando em si uma grande
carga de tensão egocêntrica, esquecendo-se desta forma de redistribuir sua
potencialidade, destinando-a às múltiplas finalidades e funções da existência,
em conformidade com o Plano Maior. Por isto, vive tenso, com os nervos “à flor
da pele” contra tudo e contra todos, numa posição primária de autodefesa,
desconhecendo a si próprio e a sua tarefa em relação às circunstâncias
externas. Para sanar esta situação, a solução seria insistir em seu
auto-conhecimento, de modo a superar seu comportamento egocêntrico e, em
seguida, externar-se e irradiar-se, com consciência e amor, a tudo e a todos. O
efeito imediato será de alívio e desconcentração da sobrecarga egocêntrica.
Isto se justifica porque o ser humano vive num mundo dual e, para que haja
equilíbrio, estes dois movimentos ou atuações devem realizar-se com igual
intensidade. Se não existisse esta dualidade de mundos, não existiria a Lei da
Propagação e a Lei de Causa e Efeito.
A Lei da Propagação é também responsável
pela manifestação do mundo dual. Precisamos reduzir a força da Lei da
Propagação, reduzindo a atuação conflitante das forças antagônicas,
unificando-as pelo processo de compatibilidade e complementaridade. Quando isto
acontecer, todas as Leis que regem os Universos conjugar-se-ão, retornando à
sua característica de Princípio Único. Assim o ser humano sairá do mundo das
ilusões e das incompatibilidades criadas pelo processo dual, aproximando-se da
unificação com seu Criador e conseqüentemente, afastando-se do mundo das ilusões, das aflições e das
pequenas alegrias egocêntricas.
O conhecimento e cumprimento
destas Leis podem facilitar ao homem o seu processo evolutivo e a eliminação do
sofrimento, que é desnecessário para aqueles que já têm suas consciências
despertas para o verdadeiro sentido da vida. Este é um novo tempo, a partir do
qual, gradualmente, a humanidade se reintegrará ao Grande Plano. E a chave para
este novo tempo está no coração de cada um, na busca incessante da expressão do
Cristo Interno e na transmutação em si mesmo, das paixões humanas negativas,
que foram alimentadas através das gerações, ao longo dos tempos.
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[1] Texto de
autoria de Sueli Meirelles, complementado por textos do Livro dos Espíritos, de
Allan Kardec e pelos ensinamentos do Filósofo Egípcio Hermes Trimegistus.
[2] O
Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec.
[3] Técnica
criada e desenvolvida por Sueli Meirelles, no Carrossel de Luz – Grupo de
Pesquisas de Fenômenos psicoespirituais.