quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

CADERNO DE MENSAGENS - O Caminho Interior - 10/04/92



Agora estais a caminho.
Quando cada um busca dentro de si,
Este é o verdadeiro caminho,
E tudo mais vem por acréscimo.
Esta é a verdade simples,
Que a maioria dos homens ainda não descobriu.
Por isso procuram fora de si mesmos,
Isto que é o caminho interior,
Cada vez mais, afastando-se dele.
Por isso é tempo de retorno.
Tempo de cada um mergulhar dentro de si mesmo,
E descobrir o maravilhoso mundo interno,
Onde existe a Unidade que sempre foi, é, e será;
E onde todos somos Um só SER.


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[1] Mensagem canalizada através de Sueli Meirelles

ESPIRITUALIDADE E HUMANIDADE



         O eixo vertical de espiritualidade é aquele que interliga o ser humano entre a energia feminina de Deus-Mãe na Terra (matéria) com a energia masculina de Deus-Pai no Céu (Espírito).
O eixo horizontal de humanidade e fraternidade é aquele que interliga o ser humano com todos os seus semelhantes, em diferentes estados de consciência. Temos, assim, o sentido de Unidiversidade: A Unidade por detrás da Diversidade; O Grande Uno manifestado, no mundo da matéria, em diferentes formas.
O movimento vertical da evolução humana é um processo iniciático que inclui alguns estágios, quais sejam: A Taça, a Cruz, a Espada e a Cruz Ansata. A Taça simboliza a etapa em que o discípulo, após uma crise existencial em que as realizações da personalidade não mais o satisfazem, inicia o movimento de busca do sentido espiritual da vida, através de leituras, palestras e vivências, abrindo seus chacras superiores à compreensão das realidades espirituais. Quanto a Taça se preenche, simbolicamente ela verga ao peso do conhecimento adquirido, gerando um impulso que move o discípulo à transformação dos aspectos negativos que identifica em si mesmo, dando início à etapa da Cruz. Esta não tem o sentido de sacrifício, mas, de sacro-ofício: O ofício sagrado de, simultaneamente, subir na escala evolutiva, trabalhando em benefício dos seus semelhantes. É a Missão Existencial, que todos nós trazemos registrada em nossos inconscientes profundos.
Á medida que a missão é realizada, o eixo vertical da espiritualidade vai se tornando maior, fazendo com que o eixo horizontal de humanidade descenda, levando o discípulo a atuar sobre seus estados de consciência mais básicos (desejo material, desejo sexual e desejo de poder), não mais para combatê-los, mas para promover o equilíbrio entre as polaridades geradoras de conflito: Material (Ter X Não Ter), Sexual (Prazer X Desprazer), Poder (Mandar X Obedecer), dessa forma qualificando amorosamente estes três primeiros estados de consciência, através do compartilhamento dos recursos materiais, através do respeito ao corpo do outro, através do respeito ao livre arbítrio do outro.
Nos Textos Sagrados, este processo de aperfeiçoamento corresponde ao simbolismo da Escada de Jacó, ocorrendo em três etapas:

  1. A TAÇA (Oração): Etapa em que o discípulo busca o conhecimento externo necessário ao Religare com o Divino, através do estudo e da prática da oração:

  1. A CRUZ (Missão): Etapa em que o discípulo busca o autoconhecimento, dissolvendo os conflitos que emergem de seu inconsciente profundo à luz da consciência e se dedica a servir ao próximo;

  1. A ESPADA (Transmissão): Etapa em que o discípulo, depois de percorrer o caminho do autoconhecimento, e finalmente conectado à Grande Fonte, transmite os conhecimentos adquiridos ou despertados.

  1. A CRUZ ANSATA (Comunhão): Etapa em que o discípulo efetua a integração entre os opostos que o constituem, dissolvendo toda a fantasia de separatividade que o distancia dos seus semelhantes, tornando-se um verdadeiro Pontifex, um construtor de pontes entre todas as diferenças, até que a unidade seja vivenciada na prática de suas relações pessoais.

Assim despertado o Ser Evolucionante vivencia as etapas da Espada e da Cruz Ansata, não como instrumento de luta, ou imposição ao outro, mas como símbolo da palavra que é a Força do Espírito em Ação. Estas etapas resultam na entrega, não mais com o sentido de passividade ou revolta, subserviência ou combate, mas como aceitação ativa do modo como as situações se apresentam, desinvestindo-as em suas polaridades negativas, para que os sonhos possam ser transformados em projetos, através de ações construtivas. Estes foram os exemplos que os Mestres da Humanidade, cada um ao seu modo, nos deixaram. Quem assim desejar, que retorne ao caminho...

(*) Sueli Meirelles: Professora, Pesquisadora e Especialista em Psicologia Clínica. Consultora em Desenvolvimento Humano, Saúde Integral, Ecologia Integral e Educação para a Paz. Escritora e Palestrante.

Contato Whatsapp: 55 22 999.557.166