O Planeta Terra originou-se de um fragmento que se
desprendeu do próprio Sol, morada da Hierarquia Crística, dando início a sua
jornada evolutiva. Durante um longo período de tempo, devido a vários processos
de evaporação da massa líquido-pastosa do planeta, gradativamente foi se
formando uma atmosfera, saturada de elementos que deveriam retornar à
superfície pelas forças propulsoras, imantadas pelo poder vibratório da
Hierarquia Crística. Uma pequena alteração da massa gasosa foi condição
suficiente para que uma pioneira faísca desencadeasse alterações eletrostáticas
e eletrodinâmicas que culminaram na precipitação de abundantes dilúvios. O
planeta, que incandescia como um gigantesco cadinho, foi abençoado pela
Hierarquia com o “Batismo Cósmico” de chuva intensa, por vários milênios. Com
as chuvas caindo numa verdadeira fornalha, formada pela superfície ainda mal
delimitada da terra, certos elementos químicos necessários à futura organização
das formas densas no planeta foram surgindo, através de vários fenômenos
físico-químicos, e também, muito especialmente, através do Poder operante dos
Poderosíssimos Seres Espirituais da Hierarquia Crística. Estas chuvas, em
contato com a massa telúrica, moldaram para o nosso abençoado planeta um novo
relevo, embora ainda bastante imperfeito. A Terra, ao destacar-se do núcleo
central do Sol, precisou manter-se em equilíbrio, obedecendo a complexos
fenômenos, regidos pelas leis matemáticas da Mecânica Celeste, sob o comando da
Sabedoria Divina. Nesses fenômenos cósmicos que presidiram a gênese e formação
de nosso planeta, os Seres Espirituais da Hierarquia Crística consideraram
necessária a formação de um satélite, a Lua, a qual equilibraria toda a massa
da Terra em seu movimento de translação em torno do Sol, trazendo e conferindo
também estabilidade vibratória ao planeta, já então, quase já formado. Em seus
vários posicionamentos, o satélite que orbita em torno da Terra serviria como
transdutor de luz polarizada e magnetismo, os quais seriam necessários à
formação e reprodução dos vários seres vivos, que futuramente iriam habitar
essa “nova casa cósmica”. Neste momento da formação de nosso planeta,
iniciou-se a diferenciação da matéria, surgindo inicialmente o hidrogênio e a
condensação dos metais, que permitiu a configuração densa de nossa superfície.
Após longos e vários dilúvios, embora a superfície da crosta terrena estivesse
totalmente submersa, ocorreram novos processos de evaporação, sendo que desse
fenômeno emergiu pela primeira vez, a primeira zona de terra firme que
permitiria, no futuro, os processos biológicos. Essa primeira zona que emergiu
das águas foi aquela que hoje conhecemos como BRASIL, em seu Planalto Central.
Formaram-se rios em várias regiões, os quais eram veículos de elementos
rochosos. Essas águas com elementos oriundos da erosão das rochas eram de
características mais concentradas e sua composição, já salina, criou as futuras
condições para o surgimento da vida vegetal e animal, naquilo que definiríamos
como Protovida. O mar pode assim ser definido como o próprio “sangue
planetário”. Nele surgiram os primeiros seres unicelulares e, depois, os
pluricelulares., os quais, ao se amalgamarem, formaram complexos celulares
vegeto-animais. Mais tarde, a fauna marinha originaria toda a fauna terrestre,
e a flora marinha originaria, através das algas, a maior parte do reino vegetal
terrestre. Através das correntes marítimas, esses complexos celulares
vegeto-animais gradativamente alcançariam a terra firme. No clima ainda tépido
do planeta, em terrenos alagadiços e pantanosos, erguer-se-ia a vida.
No cenário terrestre ainda havia uma certa instabilidade
telúrica, modificando o relevo e promovendo a evolução do reino mineral. O
reino vegetal era provido de exuberante flora, a qual sofreria transformações.
A fauna terrestre desenvolveu os anfíbios e, obedecendo a esses mesmos influxos
evolutivos, surgiram os répteis, tal como os conhecemos hoje. Logo após os
répteis, surgiram os dinossauros, como representantes de experimentos
evolutivos, desenvolvidos pelos Arquitetos da Forma, posteriormente extintos.
Nos
primórdios da Era Terciária, sugiram os primeiros antepassados da forma humana,
os ANTROPÓIDES que, por sua vez, dariam origem ao homem atual. Os Arquitetos da Forma foram
aperfeiçoando os patrimônios do Corpo Astral, em zonas pré-hominais e em sítios elementares do
própria Natureza terrena, criando condições para o surgimento dos primeiros homens que, embora ainda
selvagens, eram quase idênticos aos
homens de hoje. Definida a forma física, tomaram corpo no planeta, tanto
os chamados filhos da Terra, espíritos jovens que iniciavam seus processos
evolutivos, quanto os chamados filhos das Estrelas, serem originários de outras
humanidades que já haviam alcançado um alto grau evolutivo, e que a ele não
tinham se adaptado, recebendo a oportunidade de evoluir na Terra, desenvolvendo
humildade, desprendimento, tolerância e Amor Fraterno e, ao mesmo tempo,
contribuindo para a evolução da população terrena. Os “estrangeiros” vieram de
diversas pátrias siderais: Alguns de outras galáxias muito distantes e muito evoluídas;
outros até de planetas de nossa própria galáxia. Vieram coletividades decaídas
de Vênus, Júpiter, Saturno e outros planetas. Estes seres decaídos eram Seres
Espirituais retardatários em seus processos evolutivos, para os quais a única
maneira de serem impulsionados, seria virem como degredados para planetas
inferiores, ou que estavam no início de sua jornada. Desses, muitos já
retornaram aos seus mundos de origem, enquanto outros aqui escolheram
permanecer, em agradecimento ao Pai Celestial, pela oportunidade evolutiva,
para continuar auxiliando na evolução de seus irmãos menos experientes.
Os Seres novos, antes de surgirem no solo terreno, passaram
pelo Campo Astral terrestre, onde os Arquitetos e Engenheiros da Forma, como já
vimos, estruturavam para eles um Corpo Astral que serviria de molde para seus
Corpos Físicos densos. Assim, houve vários experimentos de ordem genética e
astral. O Ser Espiritual teve que imantar e haurir sobre si os processos
coesivos, sensitivos, instintivos e de memória (arquivo vivo) dos primeiros
reinos evolutivos. Assim, experimentaram o reino elemental, para que pudessem
vivenciar e absorver a experiência desta fase evolutiva. A passagem pelo reino
mineral foi importante, pois foram hauridos os processos coesivos e estruturais,
inclusive da rede atômica. As células futuras seriam modeladas obedecendo a
complexidade arquitetônica dos diversos minerais. Após o reino mineral,
experimentaram o reino vegetal, onde hauriram a sensibilidade e os primórdios
de funções importantíssimas para a futura organização física densa. Logo a
seguir, experimentaram o reino animal, ou seja, beberam vivências do reino
animal. Funções instintivas, automáticas e mecânicas foram adquiridas nesta
fase. Experimentaram desde os unicelulares, passando por todos os processo
evolutivos da escala animal, ou seja, até a fixação dos elementos básicos da
inteligência e sua expressão. Estas fases se estenderam por milênios, para que
se realizassem complexas operações no corpo mental e astral do Ser Espiritual
que iria se encarnar pela primeira vez no planeta, vindo a constituir a
primeira raça, a RAÇA PRÉ-ADÂMICA, que mais tarde, evoluiu para a RAÇA ADÂMICA,
já mais aperfeiçoada, no mesmo período em que vieram os primeiros Filhos das
Estrelas ou “Estrangeiros”.
Adão e Eva têm uma alta significância oculta. Adão significa o
Princípio Absoluto; Eva, o Princípio Natural. Podemos também expressar que Adão
é o Princípio Espiritual e Eva é a Geradora da Forma. É como se Adão, o
Princípio Espiritual, tivesse fecundado Eva, o Princípio Natural, e dessa
tivesse surgido ou nascido a humanidade, o mundo da forma propriamente dito: Os
filhos Abel e Caim. Caim seria o Princípio do Mal, enquanto Abel seria o
Princípio do Bem, simbolizando a função evolutiva da humanidade, de combater o
mal dentro de si mesma, e desenvolver o bem, alcançando o terceiro filho Seth,
o verbo, capaz de reascender o homem aos planos mais elevados do universo, onde
se agita a vida das almas já enobrecidas pelo amor e Sabedoria. Assim, a
primeira raça, a raça pré-adâmica cedeu lugar a segunda raça, a Adâmica e esta,
por sua vez, à raça Lemuriana, a qual se caracterizava pelo início dos
processos de conscientização e aplicação das Leis Divinas. Já no meio da 4ª
sub-raça Lemuriana, quase todo o planeta estava ocupado pela humanidade. Nestes
períodos surgiram os grandes Magos, profundos conhecedores das Leis que regem a
mecânica do Micro e do Macrocosmo, e sobre as quais eles podiam interagir.
Mantinham contato direto com seus superiores e tinham poderes que, em relação
aos demais, eram supranormais. Assim, extinguia-se a Raça Lemuriana, abrindo
passagem para a Raça Atlante, a qual seria poderosa por sua sabedoria e grandes
feitos cósmicos. Mas, por vários motivos, dentre os quais citaremos a
interferência de Seres Espirituais de baixa estirpe, os Atlantes foram se
perdendo em mesquinhos desejos, os quais logo começaram a exaltar a vaidade, o
egoísmo, a inveja, o autoritarismo e o poder mental voltado para a Magia negra,
para atacar e subjugar seus iguais em condições de menor poder. Houve
verdadeiras guerras negras, em que o ódio e o sangue varriam templos que
possuíam um passado glorioso e sagrado. As reações não se fizeram demorar, sob
a forma de grandes catástrofes, hecatombes sem fim. Era a própria Terra que,
como força de reação, tentava expulsar seus marginais, já que eles haviam
trazido um clima de ódio e vingança, e ativado marginais cósmicos de todas as
partes. Tinham também manipulado de forma agressiva e inferior os vários reinos
da Natureza, o que lhes acarretou um carma pesado e negro, fazendo-os encarnar
já com pesados débitos.
Assim, o planeta viu cair por terra a portentosa Raça Atlante,
a qual não soube manter-se acima dos desejos inferiores e belicosos de outros
seres que faziam parte também de nossa humanidade. Foi uma Era onde o egoísmo e
o personalismo substituíram a cooperação e a fraternidade. Enquanto isso
acontecia com a maioria, uma minoria ainda guardava as tradições da civilização
de ouro, e foram esses que velaram pela tradição oculta, enquanto as cisões e
deturpações se iniciaram.
No ocaso da Raça Atlante, arrasada pelos próprios atos
desmesurados, surgiu a Raça Ariana, como a possível restauradora da tradição
oculta que se esvaíra, enquanto no Egito, na Índia, na Europa e na América
surgiram os grandes patriarcas como Rama, Crishna, Pitágoras, Moisés e Abraão.
Conservado no Extremo Oriente, este conhecimento oculto começou o seu caminho
de retorno ao Ocidente.
Enquanto
a partir do Cristianismo dos primeiros tempos, as religiões ocidentais se
sucederam umas às outras (Catolicismo, Protestantismo, Espiritismo),
expandindo-se em diferentes ramificacoes, as várias escolas iniciáticas, tais
como a Teosofia, Rosacruzes, Maçonaria, conservaram o conhecimento oculto das
antigas tradições, que começou a ser gradualmente revelado, a partir da década
de 60.
Neste
final dos tempos, em que uma civilização termina e outra tem início, urge que
se faça a união entre todos os povos, raças e credos, para que se cumpra o
ciclo de retorno ao Grande Uno, onde todas as divisões tiveram origem, e onde
todas as divergências, aparentemente irreconciliáveis, irão compor o grande
quebra-cabeças da integração na Síntese Relígio-Científica.
[1] Texto de
autoria de Francisco Rivas Neto, extraído do livro Umbanda: A Proto-Síntese
Relígio-Científica, complementado por Sueli Meirelles.
Nenhum comentário:
Postar um comentário