O
processo evolutivo tem como eixo fundamental a proposta de que cada Ser Humano
alcance a Maestria, ou seja: Torne-se Mestre de si mesmo, polarizando
positivamente todos os aspectos de sua Personalidade; submetendo-os ao controle
da sua Individualidade ou Essência Divina. Isto significa transformar o orgulho
em humildade, a negligência em diligência, a intolerância em tolerância, a
vaidade em simplicidade etc., para que cada Ser Humano se torne capaz de
expressar as Virtudes de Deus, já que foi criado à Sua Imagem e Semelhança. A
má qualificação dessas energias, ou seja o uso do pensamento direcionado para o
negativo, produz sentimentos igualmente negativos de medo, raiva, tristeza e
dor etc., os quais serão traduzidos em sintomas físicos, através dos quais o
organismo tentará se esvaziar destas energias nefastas, tornando-se a doença
tão mais longa, quanto mais a pessoa persistir em seu padrão negativo de
pensamentos, alimentando desta forma o sintoma que a aflige. Quanto mais uma
pessoa estiver atenta à qualidade de seus pensamentos, sentimentos, palavras e
atos, mantendo-os polarizados positivamente, mais será saudável, no sentido
mais amplo da palavra: Física,
emocional, mental e espiritualmente saudável.
Em
relação aos processos de cura, mais especificamente, o que existe é a auto-cura.
Mesmo que, a princípio, realizada através de outra pessoa, como canal de
manifestação da Energia Superior, a cura se concretiza pela mobilização de um
quantitativo de fé, na pessoa que pede a cura. Todos os relatos das curas
realizadas pelo Mestre Jesus descrevem as frases que Ele habitualmente
utilizava, ao curar: Tua fé te salvou;
tua fé te curou – Em verdade vos digo
que se tiverdes fé, do tamanho de um grão de mostarda, e disserdes àquela
montanha: - Move-se para lá! Ela mover-se-á. Além disso, em todos estes
relatos estava também subentendida a necessidade do pedido humilde da
pessoa que deseja se curar, através da sua máxima: Peça e obterás. Bata e a
porta abrir-se-á.
Nos
processos de cura, é preciso que se observem ainda dois outros importantes
aspectos: A auto-responsabilidade do doente que busca a cura e o risco da
vaidade espiritual do “curador”. Embora, em princípio, todo Ser Humano esteja na
Terra em processo evolutivo, pessoal e intransferível, tende a não querer
assumir a responsabilidade por seu processo de auto-cura e evolução, buscando
ajuda espiritual sempre que a situação se torna mais difícil, afastando-se
quando a situação melhora e retornando, posterior e temporariamente, tão logo
os problemas voltem a aparecer, alimentados pelas mesmas falhas de
personalidade, não identificadas pela consciência e não transformadas. Por
outro lado, o fato de ser um instrumento de cura, cria no “curador” a ilusão de
estar ajudando o seu próximo, encaixando-se assim os dois aspectos negativos
das Personalidades de ambos: A dependência por parte do “doente” e a vaidade
por parte do “curador”, mantendo-se um eterno ciclo vicioso que atravanca o
progresso espiritual de ambos. Este é um artifício das próprias Personalidades,
as quais resistem ao processo de transformação, pelo hábito e pela acomodação a
modos de ser tão antigos e inconscientes, que não chegam sequer a ser
percebidos como problemas evolutivos.
Uma
questão mais específica em relação aos processos de cura, relaciona-se com as
doenças apresentadas na tenra infância, quando se poderia questionar, diante do
desconhecimento da Vida Eterna, por que seres que estão iniciando a existência
terrena já trazem tais sintomas. Em alguns casos, estes sintomas são expressões
de energias não qualificadas, produzidas por outra Personalidade anterior da
Individualidade da criança. Estas energias podem ser transmutadas pela Chama
Violeta, o Fogo Sagrado do Espírito Santo, de acordo com a fé e o merecimento
de cada Emanação de Vida envolvida na situação. Em outros casos, crianças que
trazem “doenças incuráveis” são missionários que as manifestam no mundo da
forma, como mola propulsora para o progresso da ciência humana, na maioria das
vezes em interligação com as propostas evolutivas de seus pais e familiares. Em
ambos os casos, há possibilidade de reversão do quadro, sempre que o objetivo
de aprendizagem, contido na situação, seja identificado, convertendo-se em
atividade evolutiva de transformação interna e concretização em benefício do
próximo. Em todas as situações de cura, o conhecimento das Leis Cósmicas que
regem a evolução e a vida, ajuda cada Ser Humano a compreender o sentido
espiritual da experiência que atravessa, ampliando sua consciência para níveis
de aperfeiçoamento imediatamente mais altos, no eterno processo de autoconstrução
que caracteriza o progresso da humanidade e o seu retorno à Casa do Pai.
Sueli Meirelles
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"Conhece-te a ti mesmo e conhecerás a Deus e o Universo" - Tudo esta em nós afinal somos um com o Criador! Belo e profundo artigo sobre a "auto cura e auto responsabilidade". Faz-nos refletir sobre nossas responsabilidade e escolhas neste plano, nesta dimensão! Compartilhando as palavras do professor Adalberto de Paula Barreto: "para sermos terapeutas (cuidadores) de seres humanos, não podemos nos limitar a única abordagem (bilógica, psiquica,social ou espiritual), pois estaríamos reduzindo a grandeza do homem a apenas uma de suas partes".
ResponderExcluirSim, Amigo! Para cuidar do Ser, precisamos da visão integral do ser humano, em todos os seus níveis de consciência.
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