O paciente V
apresenta uma profunda tristeza diante da estranha sensação de raiva contida,
que ele chama de Hulk. Paralelamente, atrai situações de perda e riscos de
acidentes desnecessários, tendo em contrapartida a sensação de estar sempre
protegido. Diante de tantos sentimentos controversos, fizemos várias sessões de
terapia regressiva, até que conseguíssemos que o inconsciente liberasse tão
terríveis memórias. Encontramos uma existência de V, como gladiador e relatamos
aqui o forte conteúdo emocional, que nos conduz a profundas reflexões sobre o
desrespeito à vida, ao longo da história humana. Nesta memória transpessoal. V
é um gladiador que luta nos torneios anuais do Império Romano. Antes, em função
de sua grande força física, trabalhava numa pedreira, até ser vendido para uma
cidadã romana, que o inscreve nos torneios do Coliseu, onde o sangue derramado
pelos escravos, “propriedades” da nobreza, serve de divertimento para a turba
ensandecida. V sempre vence os seus adversários, absorvendo a terrível energia
da plateia, que vibra com as suas vitórias sobre os adversários sem chance. Esta
energia, identificada há muitos anos atrás, ficou em suspenso, até que V
tivesse maturidade e suporte emocional para abri-la. Na regressão, descobrimos que esta era a
energia do Hulk, que emergia do inconsciente coletivo da humanidade ignorante
das Leis Evolutivas[1]
que, naquela mesma época, eram ensinadas
pelo Mestre Jesus, em sua caminhada de pregações do Novo Evangelho de Amor e
Perdão.
Começando o processo do despertar da
consciência, a orgulhosa cidadã converteu-se ao Cristianismo que gradativamente
cativava o povo romano, passando estes ensinamentos ao seu escravo gladiador e
trazendo-o para os ensinamentos de Amor e Perdão. Mas um dos mandamentos da Lei Divina é:_ “Não Matarás!” Em
obediência a esta Lei Maior, o gladiador campeão, em seu último combate, deixou-se
abater pelo adversário mais fraco, preservando-lhe a vida. Segundo o relato de
V, este foi um momento precioso, em que a própria morte foi vitoriosa sobre o
matar o outro[2],
libertando-o também da triste sina da escravidão e com ele, a todas as consciências que se encontravam
aprisionadas às dores da arena sangrenta. Neste ponto da experiência
regressiva, ressignificamos o sentido de morte como vitória, encontrando a
causa de sua atração pelo perigo, ao mesmo tempo em que a conversão ao
Cristianismo, lhe trazia a plena sensação de proteção por parte de Maria de Nazareth.
Diante do ocorrido, a cidadã romana
sentiu-se culpada por ter convertido o seu escravo ao Cristianismo e este
sentimento de culpa a conduziu a uma sofrida experiência, na existência
seguinte.
Durante a ocorrência de um dos acidentes, V teve um leve traumatismo craniano, sem maiores sequelas e sem sequer
fraturar qualquer osso do seu corpo, chegando a ver a sua Luz de Proteção, em
meio às várias sincronicidades de socorro, naquele momento difícil. E este foi
o último de vários acidentes anteriores, nos quais sempre saiu ileso! A partir dessa experiência, V desenvolveu uma
fé absoluta na Proteção Divina, tornando-se agradecido por tão Grande Benção.
Em trabalho regressivo com a mãe de V, de acordo com a Perfeita Lei de Causa e Efeito, descobrimos que, numa existência posterior, a orgulhosa cidadã romana foi mãe de um outro gladiador levado por seu dono num carroção, como um bicho enjaulado, de cidade em cidade, para as terríveis lutas fratricidas, que continuavam divertindo as turbas ignorantes de antigos vilarejos do império romano. Neste doloroso percurso, o gladiador dormia dentro do carroção, mesmo lugar onde lhe colocavam o alimento e onde fazia suas necessidades fisiológicas. Não há relato de banho ou convívio com outros seres humanos, neste contexto tão desumano... Acompanhando o carroção, seguia a mãe do gladiador, que o acompanhava na sua dolorosa via crucis, pedindo ao Divino que protegesse a vida do filho, em cada luta, deste modo resgatando seu débito evolutivo da existência anterior. Este outro gladiador, preso de profunda depressão, acabou morrendo de inanição, num calabouço onde escravos inúteis terminavam suas tristes existências, como velhos objetos descartados do uso... Que ele também tenha sido libertado de suas sofridas memórias!
Estas dolorosas
experiências regressivas, nos ensinam a prevalência das Leis Divinas sobre os
desatinos humanos. Muitos irão questionar sobre a utilidade de abrir arquivos
de memórias tão dolorosas, mas o fato é que, mesmo quando mantidas sob o véu do
esquecimento, pelo mergulho no mundo físico, essas memórias interferem na
presente existência, mantendo crenças auto -limitantes profundamente
arraigadas como padrões inconscientes, que afetam o comportamento expresso e a
postura diante da vida. Para V, isto se refletia numa postura de baixa estima;
de não reconhecimento ou defesa dos sagrados direitos concedidos por Deus a
todos os seus filhos e filhas. A libertação dessas memórias permite, agora, a V a
retomada de sua vida produtiva, da recuperação da capacidade de trabalho e direito aos
bens materiais necessários ao sustendo da vida terrena; resgatam o seu
direito aos vínculos afetivos de família e permitem a reativação de suas competências e
habilidades técnicas, em que suas mãos agora são usadas para abrir as portas de novas
oportunidades de vida digna, produtiva e
próspera... Como ser humano também em evolução, dou Graças aos Céus pela
oportunidade de fazer parte desta restauração de vida!
Sueli Meirelles, em Nova Friburgo 23/10/23 (data da redação
do caso clínico)
[1] Link para o texto sobre as Leis Evolutivas: BLOG DO CARROSSEL DE LUZ - Grupo de Estudos e Pesquisas de Fenômenos Psicoespirituais: AS LEIS EVOLUTIVAS - Capítulo 19 da Apostila do Carrossel de Luz
Dra. Sueli Meirelles, em Nova Friburgo 23/10/23 (data da redação
do caso clínico)
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