segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

O SENTIDO DA VIDA HUMANA - Capítulo 15 da Apostila do Carrossel de Luz



       A compreensão do sentido da vida humana exige a compreensão da constituição essencialmente divina do homem e de seus vários níveis de funcionamento. Conforme o diagrama a seguir, podemos descrever cada indivíduo como sendo constituído por uma Essência Espiritual (a Chama Trina: Força, Amor e Sabedoria), que age como o núcleo de um átomo, ao redor do qual se agregam os elétrons que compõem as várias experiências vividas pelo SER e que irão compor seus registros inconscientes positivos, negativos e neutros (registros sem significado especial). Esta é a individualidade do Ser. A sua volta, como uma capa ou envoltório situa-se a Personalidade, a máscara social desenvolvida através do processo educacional que se inicia na infância e que vai se cristalizando no decorrer da existência terrena.
       No processo de autoconhecimento, iremos promover o esvaziamento dos conteúdos emocionais inconscientes negativos, bem como a integração das potencialidades inconscientes positivas, reduzindo conseqüentemente a atuação dos mecanismos defensivos apenas à função positiva de proteção do indivíduo em relação às condições de vida que caracterizam o mundo tridimensional.
            Após o trabalho de esvaziamento dos conteúdos emocionais negativos e de posse consciente de suas potencialidades intrínsecas, o ser humano estará apto a expressar a sua essência, num processo de iluminação de todo o Ser, quando então a Personalidade estará totalmente a serviço da Individualidade. Nesta condição, os registros inconscientes assumem a característica de Sabedoria. Tal processo costuma se realizar na última existência terrena, quando o Ser terá alcançado a Mestria, saindo assim do ciclo de nascimentos e mortes. Seus exemplos de vida tornam-se a pura expressão do Amor Divino pela humanidade como um todo, constituindo-se em modelos para aqueles que se empenham no próprio desenvolvimento espiritual. Consciente dessa condição de Ser em permanente processo de aperfeiçoamento, o indivíduo pode reconhecer-se como um Ser dinâmico, lidando com as várias experiências de vida no aqui-e-agora e delas extraindo aquilo que elas têm de positivo, como elemento de aprendizagem. Poderá então chegar a perceber que as aparentes pedras e tropeços que encontra pelo caminho da vida são, na Realidade Maior, gotas de luz que vão se acumulando no seu corpo causal, arquivo mental de todas as suas experiências, ao longo do tempo.




 De acordo com a ideia de que a própria Terra é um ser vivo, em permanente processo de evolução cósmica, surge uma interligação intrínseca entre nós, seus habitantes e o nosso planeta como um todo. Tendo também os seus vários níveis de funcionamento, podemos afirmar que o nível físico da Terra corresponde ao resultado das ações concretas da humanidade, na terceira dimensão. Pelas atuais condições de devastação, miséria e desrespeito à natureza, podemos fazer uma avaliação quanto à qualidade das ações humanas sobre o planeta.
       Na Quarta Dimensão, o corpo emocional do planeta é composto pelo somatório das emoções humanas, resultando, nas atuais condições evolutivas da humanidade, numa egrégora densa e sufocante, principalmente nas regiões topográficas mais baixas (costeiras), uma vez que as energias mais pesadas tendem a situar-se ao nível do mar. Isto, segundo alguns estudiosos, irá contribuir para uma série de alterações telúricas, que irão atingir principalmente essas regiões, na fase de reequilibração energética do planeta, quando então as energias negativas serão descarregadas no plano físico, ocorrendo a verticalização do eixo da Terra.
       No plano mental, o mesmo processo se repete, sendo o mental da Terra formado pelo mental dos humanos. É interessante observarmos o status que costuma ser atribuído aos grandes cérebros da humanidade, sem que se leve em conta o seu nível de evolução moral e espiritual. Daí a utilização da inteligência em desacordo com as Leis Cósmicas, quando são criados instrumentos que causam destruição e sofrimento a todos os seres vivos do planeta.
       No plano espiritual, em sua opacidade, a Terra reflete o pobre nível evolutivo alcançado pelos homens. Segundo alguns autores, os corpos celestes que possuem luz própria são o habitat de seres altamente evoluídos, que igualmente já alcançaram seu processo de iluminação. Há anos atrás, uma reportagem de jornal se referia ao fato de que os astronautas russos da nave Mir teriam avistado pequenos pontos de luz sobre a Terra, cuja origem eles não souberam explicar. Estaria o nosso planeta entrando em sua fase de iluminação?...
       Quando tivermos alcançado as condições ideais para que a Terra seja reintegrada em sua verdadeira posição no Plano Cósmico, todos os níveis anteriormente citados estarão atuando de forma integrada e harmoniosa, consolidando-se assim a utopia da sociedade ideal, do paraíso na Terra. Quando a essência luminosa do planeta e da humanidade puder ser expressa através da crosta terrestre e das personalidades, tornando suas superfícies igualmente luminosas, ter-se-á construído uma sociedade perfeita, onde cada um estará ocupando o seu próprio lugar, segundo sua programação inconsciente de vida. Isto deixará a humanidade livre das inadequadas competições, frutos da sua ignorância quanto a um Plano Superior para a vida terrena. Uma sociedade onde cada um, ao mesmo tempo em que realizar o seu processo de aperfeiçoamento, contribuirá para o processo global de evolução, através dos serviços para os quais está naturalmente habilitado. Uma sociedade onde o trabalho será compreendido na sua função mais ampla de contribuição para um plano geral de aperfeiçoamento e evolução e onde a “esperteza” que promove o caos moral em que atualmente vivemos, será uma remota lembrança de um passado distante, na aurora evolutiva da raça humana. O esquema a seguir representa o planeta Terra evoluído, encaixado na sua posição de quarto chacra do sistema solar, onde se faz a evolução emocional, tendo a população de superfície desperta para mais uma etapa evolutiva, dentro do Plano Divino.

                                    


Um aspecto que tem causado bastante polêmica entre as diferentes religiões é aquele que se refere à reencarnação. Mais uma vez percebemos que os maiores entraves estão associados às questões lingüísticas e à fragmentação do conhecimento, que impede a visão do todo. Em primeiro lugar, a compreensão dos significados de Individualidade e Personalidade, como partes constituintes de um SER Total, já facilitaria este entendimento. Enquanto a Individualidade é eterna e inominada,  impessoal e essencial, a Personalidade tem existência relativa ao plano da matéria, durante o período situado entre o nascimento e a morte do corpo físico. Ao passar pelo processo chamado morte, a Personalidade não voltará a existir novamente, transformando-se nos arquivos de seus aspectos constituintes (físico, sinestésico, emocional e mental inferior), dentro do Mental Superior da Individualidade, do qual irá constituir o Corpo Causal, podendo ser trazido à lembrança, através das técnicas de regressão de memória. Desta forma, podemos dizer que as religiões que  afirmam que só existe uma única vida estão corretas, compreendendo-se esta afirmação,  tanto no sentido de que o que existe é uma única Vida Eterna, ora no plano físico, ora no plano extra-físico (energia manifestada ora como onda, ora como partícula), como também no sentido de que a Personalidade de cada Individualidade vive apenas uma única  vez. Por outro lado, as religiões que afirmam que existem várias vidas estão se referindo às várias existências vividas; as várias Personalidades desenvolvidas pela Individualidade única, no decorrer de seu processo evolutivo. Assim sendo, se uma religião propõe a identificação do EU SOU (a Essência Divina do SER) com a Personalidade, defenderá a tese de que não existe reencarnação. Se uma religião propõe a identificação do EU SOU com a Individualidade, defenderá a tese de que o Ser volta à existência terrena. Como de um modo geral, os conceitos de Individualidade e Personalidade, atualmente estudados pela Psicologia Transpessoal, não fazem parte do conhecimento religioso, cria-se a polêmica que tanto tem afastado aqueles que poderiam ser irmãos em Consciência Cristica.
       Enquanto o objetivo máximo da existência humana é a ressurreição, Deus, na sua misericórdia, permite que o SER em processo evolutivo tenha várias oportunidades de aperfeiçoamento, uma vez que seria impossível que este alcançasse a Mestria numa única existência, saindo assim do ciclo reencarnatório. Desta forma, podemos entender que cada encarnação, existência ou Personalidade representa uma oportunidade de evolução para que a Individualidade desenvolva determinados atributos, até que tenha transformado todos os seus aspectos inferiores em qualidades, e possa submeter totalmente a Personalidade, ao comando da Individualidade, ou melhor dizendo, deixando de ter uma Personalidade, necessária, apenas, para a vida no espaço tridimensional.
Outros fenômenos, igualmente importantes, também podem ser explicados pelo conhecimento da Individualidade e da Personalidade como componentes do Ser Total, tais como a Transfiguração (vivida pelos Seres em sua última existência antes de alcançarem a Mestria) e as Aparições que tanto assustam os habitantes do mundo tridimensional.
O fenômeno da Transfiguração ocorre quando a Personalidade , já bastante evoluída, torna-se transparente, permitindo  que a Luz Interior da Individualidade iluminada a atravesse, tornando-se visível a outras pessoas. Este fenômeno é também chamado de Iluminação e descrito pelas religiões orientais, principalmente através dos ensinamentos de Mestre Buda.
Os casos de Aparição, por sua vez, são ocasionados pela condensação da energia de uma Individualidade, tornando-a visível no plano físico, ou pela elevação do estado de consciência de um sensitivo, permitindo-lhe ver Seres em outras dimensões de vida.
  O fenômeno da Ressurreição, último objetivo da existência terrena, ocorre por uma aceleração dos elétrons que compõem o corpo físico e este é potencializado à condição de Pura Luz, sendo absorvido pela Individualidade, ocasionando o desaparecimento do corpo físico, como aconteceu com o Mestre Jesus. A Ascensão, por sua vez, é realizada posteriormente pelo SER, na condição de Cristo Ressurreto, com contribuição energética grupal, para a absorção total dos corpos eletrônicos à Sua Essência. Damos a seguir, um esquema ilustrativo, para melhor compreensão do sentido de vida eterna e de multiplicidade de existências:




Texto e gráficos de autoria de Sueli Meirelles, complementados por anotações da palestra de Hermano Feques, sobre Cosmogonia, realizada em 1987, na residência dele, em Raiz da Serra. 

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