quinta-feira, 31 de agosto de 2017

HARMONIA POR CONFLITO - Texto Complementar IV


O título deste texto, por si só, encerra uma relação paradoxal, o que nos aponta a direção de uma Verdade Maior. Sobre o assunto, os Mestres, assim nos esclarecem:

“...Muitos de vós tereis já ouvido falar dos Sete Raios. Os que possam não saber do que falamos, fariam bem em aprender esta base fundamental da sabedoria das idades. Destes Sete Raios, embora todos sirvam a esse fim, dois estão mais particularmente relacionados com a ascensão: O 4º raio, precisamente chamado da Ascensão, da união e da harmonia por conflito (nosso grifo) e o 6º raio, da Devoção da Paz e do Idealismo.
       A Devoção ou Idealismo não são mais do que impulsos que nos direcionam para marcos mais altos no caminho evolutivo. É subindo todos esses marcos, alimentando Idealismos cada vez mais altos e devoções sucessivamente mais elevadas e amplas, que marchamos até a grande paz final, até o reencontro com Deus, conosco próprios, com tudo. A ascensão não leva à união com Deus, conosco próprios, com tudo? Já o dissemos: ascensão é reunificação, é reconquista da harmonia. Esta harmonia final, todavia, só se obtém com conflitos. Muito freqüentemente, senão sempre (embora os limitados juízos humanos julguem o contrário), estão mais próximos e mais sedentos de harmonia os que conflituam; os que sentem e vivem os contrastes, do que os que navegam em águas estagnadas, vivendo de paz podre e de aparentes harmonias, por vezes cheias de fingimento e falsidade.
       O conflito existe, quando necessário, para se atingirem harmonias superiores. Os conflitos com as nossas próprias limitações, com as amarras que nos agrilhoam a prisões irreais, com as redes intrincadas da mentira, do ódio e do separatismo, desequilibram hábitos antigos. Eles levam, no entanto, a novos equilíbrios e a mais altas harmonias. Assim será sempre até que o círculo se feche, o regresso se cumpra, a união se consume e a harmonia que tudo abarca e supera (até os conflitos aparentes) reine ilimitadamente.
       Que todo Ser regresse ao Pai, ao SER que tudo contém: Da rocha mais densa à estrela mais brilhante e ainda além...ainda mais além!”..

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[1] Texto extraído do livro As Novas Escrituras.

A ESSÊNCIA DO CRISTIANISMO - Texto Complementar III



“Faça ao outro o que queres que façam a ti mesmo”.

       Talvez essa máxima resuma em si a filosofia cristã. O homem possui em sua consciência o germe do aperfeiçoamento e a noção do bem e do mal.
       Através dos tempos, as várias religiões debatem-se nas divergências de seus conceitos lingüísticos, algumas posicionando-se como detentoras da Verdade Suprema e defendendo os seus conceitos como os únicos verdadeiros, movidas pela ilusão da separatividade e sem perceberem a energia Una e Divina que a tudo impregna.
       A essência do Cristianismo não parece situar-se apenas no campo dos conceitos, mas sim e principalmente, no campo do comportamento. Quando entramos em contato com as Leis Cósmicas, deparamo-nos com princípios extremamente lógicos e coerentes, princípios de fácil compreensão. A grande dificuldade parece surgir no momento de aplicar esses princípios às relações vividas no dia-a-dia. Entre o conhecimento dos princípios e sua real utilização está o grande inimigo do homem no seu processo de aperfeiçoamento: o Ego e suas manifestações (o orgulho, a vaidade, o desejo de poder, a ambição, a inveja, a maldade, a cobiça, a prepotência, o radicalismo etc.).
       A Bíblia, por sua amplitude de conceitos, permite as abordagens parciais. Não fugindo à regra, iremos, neste trabalho, privilegiar algumas passagens que se referem ao comportamento, cientes, entretanto, de que não é nossa a Verdade Total; não é nossa a Única Verdade, pois esta pertence ao Pai. Tentando apenas contribuir com a nossa reflexão sobre verdades tão antigas quanto a história do próprio homem, mas que ainda relutamos em aprender, e que somadas às verdades de cada um, poderão acrescentar harmonia e compreensão às nossas vidas. Vejamos alguns trechos do evangelho segundo Mateus:

“E orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos.”
                                                                                           (Mateus 6.7)

       O sentido da oração é o contato mental e emocional com o Divino. Quando apenas repetimos palavras, sem atentarmos para o seu significado ou com a mente dispersa em nossas preocupações cotidianas, não estamos verdadeiramente em contato com Deus. Por outro lado, a oração como contato irá variar em função de nossas necessidades, em cada momento da existência. É o conversar com Deus, segundo nossas experiências, para louvar, pedir ou agradecer. A repetição de palavras somente terá uma utilidade quando se referir a objetivos positivos que desejamos alcançar e que exigirão um quantum energético acumulado, para que possa ocorrer a manifestação no mundo da matéria. Um exemplo específico deste acúmulo de quantum energético é verificado no poder da oração do “Pai Nosso”, capaz de reverter positivamente as situações mais aflitivas de nossas vidas.

 “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai Celestial vos perdoará a vós.”
(Mateus 6.14)

       Quando nos sentimos ofendidos com o comportamento dos outros em relação
A nós, desenvolvemos em nosso íntimo, sentimentos negativos, mágoas e ressentimentos, os quais, quando remoídos, nos manterão ligados à pessoa em questão, através de um liame energético igualmente negativo. O ideal é que possamos conseguir o esvaziamento de nossas emoções negativas, alcançando a compreensão de que o outro agiu segundo o seu nível evolutivo e de que, acima de tudo, muitas  vezes age como nós mesmos já agimos em tempos pretéritos (quem não tiver pecado, que atire a primeira pedra) ou, o que é mais provável, está nos devolvendo, embora não seja adequado, aquilo que lhe fizemos em outro momento do tempo. É importante também lembrarmo-nos de que, em nossas experiências de vida, quer sejam positivas ou negativas, poderemos sempre colher alguma aprendizagem, que nos será útil em situações semelhantes. Cabe ressaltar, ainda, que este processo de transmutação (o perdão) exige um trabalho intenso de esvaziamento dos sentimentos negativos que desenvolvemos diante do ocorrido, até que possamos realmente conseguir perdoar, sem guardar nenhum tipo de ressentimento.

“A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz.”
(Mateus 6.22)

       Diz o ditado popular que os olhos são o espelho da alma. Neste sentido, a abstração do olhar e da expressão facial das  pessoas com quem convivemos, pode ser um seguro indicador do seu grau de confiabilidade. Em nossa prática de contato com o ser humano, inúmeras vezes observamos que pessoas não autênticas, escamoteadoras, não conseguem manter o olhar direto por muito tempo, tendendo a desviá-lo para os lados. Estas pessoas costumam trazer histórias pessoais e transpessoais, nas quais ludibriaram e foram ludibriadas.
       A medida  que vamos nos trabalhando internamente as imperfeições de  nossas  personalidade, nossos olhos vão adquirindo a transparência e a objetividade de nossas reais intenções para com os nossos semelhantes, até que alcancemos o objetivo maior de expressar através deles, todo o amor que podemos chegar a sentir por nossos semelhantes.

“Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem regam, nem ajuntam em celeiros; o nosso Pai Celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?
(Mateus 6.26)

       Em muitas situações, constatamos que temos mais medo do que precisamos e menos fé do que deveríamos. Conscientes de que apenas irá nos ocorrer aquilo que está em afinidade com nosso padrão de vibração energética, não precisamos nos preocupar com os infortúnios alheios, temendo que eles também nos aconteçam. Nossas preocupações são, em sua maioria, originadas em nossos medos infundados, que vão ganhando forma e amplitude em função de nossa falta de fé em Deus e de autoconfiança em nós mesmos, seres criados a Sua Imagem e Semelhança.
“Mas buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça e todas essas coisas vos serão acrescentadas.”
(Mateus 6.33)

       A idéia de buscarmos primeiramente as coisas de Deus consiste em afinarmos nossas ações pelo seus preceitos, qualificando assim nossa vibração energética, o que por sua vez, tornar-nos-á capazes de atrair, por afinidade com o bem, todos os benefícios dos quais nos tornamos merecedores. De nada adiantam as nossas orações e mentalizações positivas se, na prática, continuamos a repetir os mesmos comportamentos negativos que nos afastam do Pai.

“Não julgueis para que não sejais julgados. Por que com o juízo com que lulgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.”
(Mateus 7.7/2)

“E porque reparas tu no arqueiro que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu olho.”
(Mateus 7.3)

       Dentro do princípio de que a vida não se resume àquilo que pode ser observado em nossa Terceira Dimensão, mas ganha amplitude infinita dentro do conceito de eternidade, aquilo que nos é dado perceber em relação aos fatos é apenas “uma pequena fatia de um grande queijo”, que é o Todo Maior e que inclui muitas outras dimensões de vida. Desta forma, muitos eventos aparentemente errados ou injustos, ganham novos significados quando compreendidos num sentido mais amplo de vida, em conformidade com as Leis cósmicas. Logo, não temos condições de julgar acontecimentos dos quais temos apenas uma pequena parcela de conhecimento; isto nos levaria a sermos injustos, em função de nossa ignorância, em relação ao verdadeiro sentido dos acontecimentos que presenciamos.

“Pedi e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; bate e abrir-se-vos-á.”
“Porque aquele que pede, recebe; e, ao que busca, encontra; e, ao que bate, se abre.”
(Mateus 7.7/8)

       Este princípio bíblico nos mostra a importância da humildade e tem valor de lei cósmica, mostrando-nos que somente seremos atendidos se tivermos a humildade de pedir, trabalhando assim o nosso orgulho e a nossa vaidade. Por outro lado, quando ajudamos ao nosso semelhante, sem que este nos tenha solicitado ajuda, muitas vezes estamos muito mais atendendo às nossas próprias necessidades, de nos sentirmos bons, caridosos, camuflando assim os nossos sentimentos de superioridade em relação ao próximo e, na verdade iludindo a nós mesmos e alimentando nossas imperfeições egóicas. Tal procedimento pode ser, na verdade, uma armadilha na qual caímos  facilmente, nesta dimensão de ilusões, comandados apenas por nossas Personalidades, nossas máscaras sociais para a Terceira Dimensão. Para os Mestres e para Deus, capazes de perceber nossas Individualidades e, conseqüentemente, nossas reais intenções, as quais muitas vezes não são conscientes nem para nós mesmos (quando estamos totalmente dominados por nossas personalidades), tal procedimento não contribui para o nosso aperfeiçoamento espiritual, não sendo computado como obra realizada, uma vez que pode até mesmo nos levar a prejudicar o processo evolutivo de nossos semelhantes, impedindo-os de crescer. A verdadeira caridade consiste em mostrarmos a cada um o seu próprio valor, as suas qualidades, os seus aspectos positivos que por si só fornecerão incentivo e apoio às suas próprias realizações, mantendo-o livre de nosso jugo protetor. Caridade, no sentido lingüístico, consiste em cari+dade. Care (de cuidar) e de core (coração) e dade (de doação, significando doar amor).

“Assim toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus.”
“Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar bons frutos.”
“Portando, pelos seus frutos os conhecemos.”
(Mateus 7.17(18/20)

       Pelas ações de uma pessoa podemos inferir seu grau de evolução espiritual. A observação, sem julgamento, do comportamento de nossos semelhantes pode representar para nós uma importante lição de vida. Observando os bons resultados, aprendemos ações adequadas e produtivas; observando os maus resultados, podemos evitar nossos próprios erros. Neste sentido, no convívio com o outro, podemos encontrar, em cada situação um mestre de nossa evolução espiritual, bastando para isto apenas meditar sobre o ocorrido e daí tirar a lição adequada.

“Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, asemelha-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha.”
 (Mateus 7.24)

       Novamente, nesta mensagem, temos a sinalização da importância da prática dos princípios Divinos. De nada adianta ouvir e pregar ao próximo tais princípios se não os aplicarmos ao nosso próprio comportamento. Na verdade, este é o aspecto mais difícil de nossa tarefa evolutiva. Queremos mudar o mundo a nossa volta, mas recusamo-nos a reformular o nosso mundo interno, nossos maus hábitos arraigados, nossos vícios... Dentro do sentido da vida, talvez esta seja a principal tarefa para cada um de nós: Conseguirmos mudar a nós mesmos...

“ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados.”
“E a multidão, vendo isto, maravilhou-se e glorificou a Deus, que dera tal poder aos homens.”
(Mateus 9.6/8)

       Quando realmente conseguimos perdoar alguém, isto significa que conseguimos eliminar em nosso coração toda a mágoa e ressentimento; significa que conseguimos transmutar nossos sentimentos negativos em amor; significa que conseguimos compreender o comportamento do outro, em função de seu grau evolutivo; conseguimos compreender que o outro tem o mesmo direito que nós à sua liberdade e à responsabilidade por suas próprias ações, não nos cabendo julgá-lo. Tal é o nosso poder enquanto seres humanos: perdoar ao nosso semelhante os agravos a nós direcionados, pois somente o amor é capaz de tapar o buraco do ódio e este poder é dado a todo ser humano, consciente da divindade dentro de si mesmo e através do uso da Chama da Misericórdia, o sétimo Raio de Deus.


“Não é o discípulo mais que o mestre, nem o servo mais do que o senhor.”
(Mateus 10.26).

       Esta é a condição de igualdade de oportunidades entre os homens. Deus não privilegia a nenhum de seus filhos. O ponto do caminho em que cada um de nós se encontra é resultado de nossos próprios esforços e empenho em caminhar. Aqueles que vemos atrás de nós, no caminho, estão onde nós mesmos também já estivemos; aqueles que se  encontram à nossa frente, estão onde nós também chegaremos, pois todos caminhamos para o mesmo objetivo de aperfeiçoamento e reencontro com o Pai.

“O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca. Isso é que contamina o homem.”
(Mateus 15.11)

       Se tivéssemos uma real noção do poder de nossas palavras, teríamos muito mais cuidado com esse poderoso instrumento. Como está escrito na gênese, no princípio era o verbo e Deus disse: Faça-se a luz. E a luz se fez. Tal é o poder de Deus dado aos homens, únicos seres da criação que possuem o poder do verbo criador, tornando-se assim co-criadores com Deus. Quando os homens usarem este Dom apenas  para fins construtivos, a humanidade terá alcançado a perfeição tão desejada.

“Mas o que sai da boca procede do coração e isso contamina o homem.”
“Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsas testemunhas e blasfêmias.”
(Mateus 15.11/19)

       Através da fala expressamos nossos pensamentos e sentimentos. Na escolha das palavras, no equilíbrio entre o falar e o calar, na ponderação em relação ao que falamos, em nosso tom de voz, a cada momento expressamos inconscientemente nossas intenções mais ocultas. Neste sentido, o escondido não existe e cada um de nós é capaz, através da observação, de aprender valiosas lições, no dia-a-dia da comunicação humana, a respeito desse poderoso instrumento chamado linguagem. Devemos ter como principal objetivo o próprio aperfeiçoamento espiritual, até que sejamos capazes de colocar nossa capacidade de comunicação, a serviço dos aspectos positivos de nossa individualidade.

“Porque o Filho do homem virá na glória de seu pai, com os seus anjos, e então dará a cada um segundo as suas obras.”
(Mateus 17.27)

       Mais uma vez aqui é sinalizada a importância da concretização dos princípios e Leis de Deus. A capacidade mental do ser humano o coloca em contato com a Mente Cósmica, cujos princípios podem ser traduzidos nos mais elevados ideais da humanidade. O comportamento humano, quando regido por estes princípios superiores, orna possível a manifestação do Plano Superior no mundo da matéria densa. É através das suas obras, das suas realizações em vida, que o homem participa da obra de Deus.

“E repreendeu Jesus o demônio que saiu dele, e desde aquela hora o menino sarou.”
“Então os discípulos, aproximando-se de Jesus em particular disseram: Por que não podemos nós expulsá-lo?”
“E Jesus lhes disse: Por causa de vossa pouca fé; porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá – e há de passar; e nada mais será impossível.”
(Mateus 17.18/19/20)

       Muitos de nós consideramos que é necessário ver para crer. Aproximamo-nos dos eventos místicos com nosso senso crítico e capacidade de observação, esperando que o fenômeno observado, por si só, comprove a existência do Divino. Como se coubesse a Deus nos provar sua existência. Com nossa mente objetiva e racional, esquecemo-nos do campo eletromagnético que permeia e torna possível tais fenômenos e que, quando duvidamos, emitimos tal tipo de energia para o ambiente, interferindo assim no desenvolvimento do processo. Acima de tudo, é necessária crer para ver, pois, segundo os passos da precipitação no mundo da matéria, há um longo caminho de influências mentais a ser percorrido antes que alguma coisa se torne realidade. E o primeiro passo para a concretização é, justamente, o modelo criado pela mente de cada um.

“Portanto, aquele que se tornar humilde como este menino, esse é o maior no reino dos céus.”
(Mateus 18.4)

       A virtude da humildade consiste no reconhecimento do quanto somos ainda imperfeitos; do longo caminho que temos pela  para percorrer e da imensidade cósmica que nos rodeia. Ser humilde é também reconhecer que cada uma de nossas realizações representa a Força Superior fluindo através de nós; que nada nos pertence ou é nossa criação exclusiva, mas que somos canais através dos quais passa a Sabedoria Superior e que, neste sentido, nenhuma idéia ou feito pertence a ninguém.

“Em verdade vos digo que tudo que ligardes na terra será ligado no céu e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.”
(Mateus 18.18)

       Esta máxima nos mostra a correlação entre microcosmo e macrocosmo; mostra-nos a correspondência entre o mundo mental e o mundo material; mostra-nos a interligação entre todas as coisas que nos parecem separadas.

“E tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis.”
(Mateus 22.37)

       Mais uma vez é aqui ressaltada a importância da fé. Cabe entretanto relembrarmos que o atendimento aos pedidos depende da integração entre individualidade e Personalidade. Quando fazemos uma oração pedindo algum benefício, é necessário atentarmos para o fato de que esta graça pode estar ou não de acordo com nossa programação inconsciente de vida e com os aspectos de Personalidade que necessitamos trabalhar em nós mesmos. Sempre que o nosso pedido for inadequado, nossa Individualidade posicionar-se-á contra, agindo como um sabotador de nossas intenções egóicas.

“Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.”
“Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”
“Destes dois mandamentos depende toda a lei e os profetas.”
(Mateus 22.37/39/40)

       Quantas vezes proclamamos o nosso amor ao Senhor, esquecendo-nos de expressá-lo aos nossos semelhantes. Fácil nos parece amar a um Deus que não nos causa problemas e aborrecimentos; difícil se torna conviver com o nosso irmão (expressão da Divina Presença em nosso plano material ) e nele reconhecer o treinador necessário ao trabalho evolutivo de determinados aspectos de nossa Personalidade. Esta é a verdadeira e difícil manifestação de nossa fé...
       Muitos outros textos bíblicos poderiam aqui ser abordados. Nosso objetivo é o de que possamos refletir sobre as grandes Verdades Bíblicas, identificando quais os aspectos negativos que devemos observar, não nos outros, mas em nós mesmos. Parece-nos que a grande reforma da humanidade começa dentro de cada um de nós e neste sentido não precisamos nos assustar: O mundo somente irá se modificar quando conseguirmos modificar nossos mundos internos...
Os texto de outras religiões, além do Cristianismo igualmente contém muita Sabedoria. Eles deverão ser utilizados, na medida em que os integrantes do grupo de estudos consigam romper as barreiras dos próprios preconceitos. Isto promoverá a ampliação da síntese religiosa, capaz de unir a todos em torno do PAI.

                                                               Sueli Meirelles

Site: www.suelimeirelles.com





[1] Texto de autoria de Sueli Meirelles com fundamentos na Bíblia Sagrada.