segunda-feira, 23 de outubro de 2023

CASO CLÍNICO TRANSPESSOAL - MEMÓRIAS DE GLADIADOR

 

        

            O paciente V apresenta uma profunda tristeza diante da estranha sensação de raiva contida, que ele chama de Hulk. Paralelamente, atrai situações de perda e riscos de acidentes desnecessários, tendo em contrapartida a sensação de estar sempre protegido. Diante de tantos sentimentos controversos, fizemos várias sessões de terapia regressiva, até que conseguíssemos que o inconsciente liberasse tão terríveis memórias. Encontramos uma existência de V, como gladiador e relatamos aqui o forte conteúdo emocional, que nos conduz a profundas reflexões sobre o desrespeito à vida, ao longo da história humana. Nesta memória transpessoal. V é um gladiador que luta nos torneios anuais do Império Romano. Antes, em função de sua grande força física, trabalhava numa pedreira, até ser vendido para uma cidadã romana, que o inscreve nos torneios do Coliseu, onde o sangue derramado pelos escravos, “propriedades” da nobreza, serve de divertimento para a turba ensandecida. V sempre vence os seus adversários, absorvendo a terrível energia da plateia, que vibra com as suas vitórias sobre os adversários sem chance. Esta energia, identificada há muitos anos atrás, ficou em suspenso, até que V tivesse maturidade e suporte emocional para abri-la.  Na regressão, descobrimos que esta era a energia do Hulk, que emergia do inconsciente coletivo da humanidade ignorante das Leis Evolutivas[1] que,  naquela mesma época, eram ensinadas pelo Mestre Jesus, em sua caminhada de pregações do Novo Evangelho de Amor e Perdão.

Começando o processo do despertar da consciência, a orgulhosa cidadã converteu-se ao Cristianismo que gradativamente cativava o povo romano, passando estes ensinamentos ao seu escravo gladiador e trazendo-o para os ensinamentos de Amor e Perdão. Mas um dos mandamentos  da Lei Divina é:_ “Não Matarás!” Em obediência a esta Lei Maior, o gladiador campeão, em seu último combate, deixou-se abater pelo adversário mais fraco, preservando-lhe a vida. Segundo o relato de V, este foi um momento precioso, em que a própria morte foi vitoriosa sobre o matar o outro[2], libertando-o também da triste sina da escravidão e com ele,  a todas as consciências que se encontravam aprisionadas às dores da arena sangrenta. Neste ponto da experiência regressiva, ressignificamos o sentido de morte como vitória, encontrando a causa de sua atração pelo perigo, ao mesmo tempo em que a conversão ao Cristianismo, lhe trazia a plena sensação de proteção por parte de Maria de Nazareth.  Diante do ocorrido, a cidadã romana sentiu-se culpada por ter convertido o seu escravo ao Cristianismo e este sentimento de culpa a conduziu a uma sofrida experiência, na existência seguinte.

Durante a ocorrência de um dos acidentes, V teve um leve traumatismo craniano, sem maiores sequelas e sem sequer fraturar qualquer osso do seu corpo, chegando a ver a sua Luz de Proteção, em meio às várias sincronicidades de socorro, naquele momento difícil. E este foi o último de vários acidentes anteriores, nos quais sempre saiu ileso!  A partir dessa experiência, V desenvolveu uma fé absoluta na Proteção Divina, tornando-se agradecido por tão Grande Benção.

            Em trabalho regressivo com a mãe de V, de acordo com a Perfeita Lei de Causa e Efeito, descobrimos que, numa existência posterior, a orgulhosa cidadã romana foi mãe de um outro gladiador levado por seu dono num carroção, como um bicho enjaulado, de cidade em cidade, para as terríveis lutas fratricidas, que continuavam divertindo as turbas ignorantes de antigos vilarejos do império romano. Neste doloroso percurso, o gladiador dormia dentro do carroção, mesmo lugar onde lhe  colocavam o alimento e onde fazia suas necessidades fisiológicas. Não há relato de banho ou convívio com outros seres humanos, neste contexto tão desumano... Acompanhando o carroção, seguia a mãe do gladiador, que o acompanhava na sua dolorosa via crucis, pedindo ao Divino que protegesse a vida do filho, em cada luta, deste modo resgatando seu débito evolutivo da existência anterior. Este outro gladiador, preso de profunda depressão, acabou morrendo de inanição, num calabouço onde escravos inúteis terminavam suas tristes existências, como velhos objetos descartados do uso... Que ele também tenha sido libertado de suas sofridas memórias!

            Estas dolorosas experiências regressivas, nos ensinam a prevalência das Leis Divinas sobre os desatinos humanos. Muitos irão questionar sobre a utilidade de abrir arquivos de memórias tão dolorosas, mas o fato é que, mesmo quando mantidas sob o véu do esquecimento, pelo mergulho no mundo físico, essas memórias interferem na presente existência, mantendo crenças auto -limitantes profundamente arraigadas como padrões inconscientes, que afetam o comportamento expresso e a postura diante da vida. Para V, isto se refletia numa postura de baixa estima; de não reconhecimento ou defesa dos sagrados direitos concedidos por Deus a todos os seus filhos e filhas. A libertação dessas memórias permite, agora, a V a retomada de sua vida produtiva, da recuperação da capacidade de trabalho e direito aos bens materiais necessários ao sustendo da vida terrena; resgatam o seu direito aos vínculos afetivos de família e permitem  a reativação de suas competências e habilidades técnicas, em que suas mãos agora  são usadas para abrir as portas de novas oportunidades de vida digna,  produtiva e próspera... Como ser humano também em evolução, dou Graças aos Céus pela oportunidade de fazer parte desta restauração de vida!

Sueli Meirelles, em Nova Friburgo 23/10/23 (data da redação do caso clínico)


                            Dra. Sueli Meirelles, em Nova Friburgo 23/10/23 (data da redação do caso clínico)

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