sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

A ÉTICA E O USO DA CAPTAÇÃO PSÍQUICA - Capítulo 31 da Apostila do Carrossel de Luz

31. A ÉTICA E O USO DA CAPTAÇÃO PSÍQUICA[1]

 31.1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES:

Tomando-se por base os conhecimentos de Programação Neurolingüística, Bioenergética, Psicologia Transpessoal, Física Quântica e Metafísica, torna-se possível construir uma ponte de conhecimentos entre a ciência e a espiritualidade, que facilite o autoconhecimento do ser humano em sua totalidade CORPO-MENTE-ESPÍRITO. Para que este objetivo se concretize é fundamental que sejam mantidos os preceitos éticos e científicos que devem nortear os trabalhos com a mente humana, os quais, em hipótese nenhuma poderão ser desrespeitados.  Dentro desse contexto, além da captação, outros fenômenos típicos dos Estados Superiores de Consciência,  poderão ocorrer:

a)    Presenças Espirituais que acompanham a pessoa captada e que têm uma tarefa de ajuda através desta pessoa, de acordo com o Plano Divino;
b)    Presenças Espirituais que, por desígnios superiores tenham a permissão de comunicar-se com o grupo, para fins de orientação;
c)    Presenças Espirituais que, por desígnios superiores tenham a permissão de comunicar-se com o grupo, em busca de ajuda;
d)    Personalidades Intrusas que estejam ligadas à pessoa captada ou a qualquer dos integrantes do grupo e que, por desígnios superiores, tenham permissão de comunicar-se. Estas deverão ser desvinculadas e encaminhadas, de acordo com a fundamentação teórica da técnica;
e)    Canalizações, visualizações e/ou premonições ligadas ao próprio serviço realizado;
f)     Visualizações e/ou premonições ligadas a eventos que, por sua natureza e por livre arbítrio ou intuição do grupo, ou ainda por designação superior, possam ser transmutados dentro do campo energético criado;


31.2. INDICAÇÕES:

Casos em que a pessoa, por algum motivo, não possua condições para permitir que o material inconsciente, que precisa ser liberado, torne-se consciente, através de um processo terapêutico (com profissional capacitado em relação à vida fora da matéria), tais como:
a)    Bebês em vida intra-uterina;
b)    Crianças na faixa etária de 0 a 3 anos;
c)    Crianças e pré-adolescentes até 16 anos, em processo terapêutico, cujos registros transpessoais estejam prejudicando seu desenvolvimento psico-afetivo saudável;
d)    Pacientes em estado comatoso, vítimas de doenças graves que dificultem a comunicação consciente;
e)    Vítimas de acidentes;
f)     Pacientes terminais, cujo desligamento esteja sendo doloroso;
g)    Idosos acima de 70 anos, cujo processo de cristalização do pensamento impeça o trabalho terapêutico direto.
h)   Adultos em processo terapêutico, cujos registros tenham conteúdos emocionais que, por seu grau de intensidade, ou necessidade evolutiva, devam ser mantidos ocultos  para o cliente, dificultando assim, o processo de liberação através do seu próprio consciente;
i)     Adultos em processo terapêutico,  que tragam sintomas obsessivos por parte de  Personalidades Intrusas, previamente diagnosticados em consultório;
j)       Pacientes psicóticos, já em processo terapêutico com psicoterapeuta capacitado dentro desta visão integral do ser humano.
k)    Por desígnios superiores, quando fenômenos não previstos ocorram espontaneamente no grupo.

31.3. CONTRA-INDICAÇÕES:

       Todos os casos em que a pessoa possa ser encaminhada para um processo terapêutico com profissional especializado, facilitando a ampliação de sua consciência sobre si mesmo, condição fundamental para o processo evolutivo. A Captação Psíquica não deve ser vista como um substitutivo mágico para o processo terapêutico.

31.4. IMPLICAÇÕES:

       A Psicoterapia é uma decisão de coragem, através da qual o cliente mergulha no mais profundo do seu Ser, dando início a um processo de ampliação da consciência que é fundamental para a sua evolução. Quando este processo de autoconhecimento esbarra nos fatores impeditivos, indicativos da Captação Psíquica, esta técnica surge como uma bênção que recai, pelo merecimento, sobre aquele que, conscientemente, buscou a sua transformação interior.
A Captação Psíquica, enquanto técnica decorre da decisão, de livre arbítrio do grupo captador, de auxiliar àqueles que conscientemente buscam ajuda para sanar os seus males, obedecendo aos preceitos de livre arbítrio, autoresponsabilidade (conhece-te a ti mesmo) e humildade (Peça e obterás), o que deve ser feito de acordo com as Leis Evolutivas.  Consciente de sua dedicação e empenho em ajudar, o grupo não se deve deixar levar por aqueles que tentam se esquivar do confronto direto com suas questões psíquicas, fugindo à responsabilidade pelo seu autoconhecimento consciente, ou, muitas vezes, seduzidos pela curiosidade ou pela “mágica”  e gratuidade do processo. Aliviar-se de seus males psíquicos sem a aprendizagem consciente, encerrada no processo terapêutico, significa, muitas vezes, o retorno inconseqüente ao comportamento pernicioso, implicando também na conivência do grupo com a irresponsabilidade de quem foi ajudado, sem que tivesse efetivamente a intenção de assumir sua própria evolução. Por outro lado, cabe ao grupo lembrar-se de que, por mais que ame os seus semelhantes não pode e não deve tentar “evoluí-los”, pois nem aos Mestres é dado fazê-lo. Quem assim procede, incorre em ato de onipotência, tentando interferir em provas que muitas vezes são necessárias ao despertar do Ser em evolução, acarretando para si o retorno danoso dos carmas alheios, atraídos pela imprevidência e desrespeito à Lei Maior.



[1] Texto de autoria de Sueli Meirelles, pesquisadora de Fenômenos Psicoespirituais

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