quarta-feira, 1 de novembro de 2017

TRANSRELIGIOSIDADE


“Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco;
também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz,
 e haverá um rebanho e um pastor.”
(João, 10/16)


            Transreligiosidade pode ser definida como o sentimento religioso que acolhe as verdades essenciais de todas as Religiões, mas que não se refere a nenhuma, especificamente, estabelecendo o diálogo inter-religioso, em busca do elemento comum existente em todas as Tradições.
            O termo latino religare, do qual se originou a palavra religião, tem o sentido de ligar novamente, e o prefixo trans, quer dizer além de, ou seja, aquilo que transcende e ultrapassa os conceitos convencionais de qualquer conhecimento. Assim, a transreligiosidade propõe a transcendência dos dogmas de cada visão religiosa, para alcançar o espaço neutro de não julgamento, preconceito ou separatividade, onde se torne possível buscar os pontos de encontro e as semelhanças entre as diferentes religiões.
            Na Antiguidade, havia cinco grandes ramos religiosos: Judaísmo, Taoísmo, Budismo, Confucionismo e Cristianismo. Nos seus primórdios, o Cristianismo era uma religião professada por uma pequena parte do povo judeu, dominado pelos romanos, que seguia os ensinamentos do Mestre Jesus. Por serem perseguidos, eles se reuniam às escondidas, até que cidadãos romanos também começaram a aderir à nova crença, decorrendo desta adesão, o sincretismo entre o paganismo romano e o cristianismo primitivo, originando a Religião Católica Apostólica Romana, hoje dividida em alguns segmentos.
            Por volta do século XVII, Martinho Lutero, na Alemanha e Calvino, na França, iniciaram um movimento de protesto em relação aos rumos da Igreja que, por influência de fatores históricos e políticos, resultaram numa dissidência do Catolicismo, que deu origem ao Protestantismo. Este, por sua vez, no decorrer do tempo, subdividiu-se em dezenas de novos segmentos espalhados pelo mundo ocidental, como Tradições Evangélicas.
            No século XIX, na França, um filósofo chamado Leon Hypollite Denizard Rivail, realizou profundos estudos sobre fenômenos de ampliação de consciência, dando origem à Doutrina Espírita, por ele publicada com  o pseudônimo de Allan Kardec, sob a égide do iluminismo e do racionalismo científicos, esta Doutrina, longe de negar os princípios propostos por Jesus, veio trazer novos esclarecimentos aos fenômenos espirituais, que sempre ocorreram no decorrer da trajetória evolutiva da humanidade, confirmando as suas verdades perenes, através da publicação de centenas de livros de vários autores.
            Na década de trinta, em Niterói, no Rio de Janeiro, houve uma dissidência do Kardecismo, que originou o Movimento Umbandista, com a proposta de evangelizar as religiões africanas, que haviam-se afastado de suas práticas tradicionais de culto às forças da natureza, para envolverem-se com magia, em desrespeito ao Livre Arbítrio do Ser Humano.
            Considerando que no Ocidente, há um predomínio do Cristianismo sobre as outras quatro grandes religiões (Judaísmo, Budismo, Confucionismo e Taoísmo, se não considerarmos a variedade de outras pequenas seitas, mais recentemente introduzidas no país), nós podemos afirmar que a maior parte das religiões professadas no Brasil, se reúne em torno da mensagem de unidade e síntese deixada pelo Mestre Jesus, há dois mil anos atrás.
            Pelo estudo comparado das religiões percebe-se que os pioneiros de todas estas propostas religiosas, não tinham o objetivo de criar novas religiões, mas, principalmente trazer esclarecimentos ao que já era conhecido e corrigir possíveis desvios da trajetória evolutiva da humanidade, em cada um desses momentos históricos.
            Os modernos estudos da Psicologia Transpessoal têm revelado um significativo aumento na quantidade de fenômenos de clarividência, clariaudiência e psicografia, entre outros, em pessoas de diferentes confissões religiosas, todos com padrões psíquicos muito semelhantes entre si. Neste sentido, a ciência, ao direcionar a sua atenção para os fenômenos de transcendência religiosa, poderá trazer uma grande contribuição para o entendimento de que um mesmo fenômeno pode estar sendo designado de diferentes maneiras, por diferentes religiões. Por sua característica de neutralidade, a ciência pode oferecer o espaço de encontro, onde as divergências lingüísticas poderão ser compreendidas e ultrapassadas, reduzindo a grande Babel que dificulta o diálogo inter-religioso.
            Para que todas as ovelhas, dos diversos apriscos, se reúnam ao redor do Único Pastor, torna-se necessário que todos os fiéis, de todas as religiões, se coloquem realmente em condição de humildade e ausência de preconceitos religiosos; que ao invés de tentar atrair o outro para a sua própria visão religiosa, possa respeitar e conviver com as diferenças; aceitar que o outro se encontre num diferente estado de consciência, compreendendo que isto determina uma visão de mundo diferente da sua. Para que a unidade religiosa possa se estabelecer, torna-se necessário também o entendimento de que esta unificação não se fará em torno de qualquer uma das religiões já existentes, mas em torno da síntese gerada pelo diálogo e pela compreensão mútua de que ninguém é detentor da verdade absoluta, mas que, como seres humanos, temos verdades relativas ao estado de consciência em que vibramos, como diferentes idiomas produzidos pela cultura humana.
            Os líderes religiosos deste momento de Transição Planetária têm a difícil tarefa e a grande responsabilidade de iniciar o diálogo inter-religioso, orientando os seus seguidores para a verdadeira fraternidade e amor incondicional, necessários para que esta síntese aconteça, já que o oposto seria o retorno ao sectarismo que gerou tantas guerras religiosas através da história da humanidade.

(*) Especialista em Psicologia Clínica (Hipnose Ericksoniana, Regressão de Memória e Reprogramação Mental Membro do CIT – Colégio Internacional de Terapeutas e da ALUBRAT – Associação Luso Brasileira de Psicologia Transpessoal.
Whtasapp 55 22 99955-7166
Email: suelimeirelles@gmail.com
Site: www.institutoviraser.com


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[1] Texto de autoria de Sueli Meirelles.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

SECTARISMO RELIGIOSO - Texto Complementar XII

           

 Lingüisticamente, sectário tem o sentido de: “relativo ou pertencente à seita: membro de uma seita; partidário ferrenho”. Sectarismo é “partidarismo; espírito de seita” (Dic. Da Língua Portuguesa, pág. 918). Desta forma, o sectarismo, seja religioso, implica numa postura radical, diante de tudo aquilo que não esteja em conformidade com as crenças absolutas do indivíduo sectário. Este posicionamento radical  traduz-se numa intensa carga emocional, que pode conduzir ao fanatismo que, historicamente, alimentou as fogueiras da “Santa Inquisição”. Associado à ignorância que geralmente acompanha os indivíduos radicais, sempre avessos à compreensão de outras idéias diferentes das suas, o sectarismo constitui-se num risco para o cumprimento da liberdade de culto religioso, estabelecida pela Constituição Brasileira.
            No Fórum Mundial de Educação, realizado na cidade de Nova Iguaçu, anos atrás, foram apresentados alguns interessantes trabalhos sobre diversidade religiosa nas escolas. No encontro sobre a Saúde da Mulher, realizado no mesmo mês, foi levantada a questão da diversidade religiosa no atendimento de pacientes terminais, nos hospitais. Como podemos ver, o tema começa a surgir como foco de preocupação para aqueles que atuam nesses pólos executores das ações sociais (escolas e hospitais), onde algumas tradições religiosas podem ser privilegiadas, em detrimento de outras.
            A título de esclarecimento da questão, queremos lembrar que religião é cultura; integra as tradições de um povo, significando o método ou procedimento estabelecido por esse povo, para adoração a Deus. Isto significa dizermos que as religiões são um produto da necessidade humana de compreender Deus, caracterizando-se em diferentes procedimentos para cada povo, em cada momento da história da humanidade.
            Em suas origens, todos as religiões têm um tronco único no primitivo Panteísmo (sistema segundo o qual Deus é o conjunto de tudo quanto existe; a universalidade dos seres – Dic. Da Língua Portuguesa. Pág. 755), para, posteriormente, dividir-se em três ramos principais: 1)O Monoteísmo, que dá origem ao Judaísmo, ao Cristianismo, e suas ramificações no Catolicismo, Maometismo e Protestantismo; 2) o ramo das tradições africanas; 3) o ramo das tradições espiritualistas, orientais e esotéricas.
            As subdivisões, geralmente ocorrem pelo rompimento entre os líderes de uma determinada tradição religiosa, que divergem na interpretação dos seus textos sagrados, dando origem a uma nova tradição ou método de adoração a Deus, constituindo-se, por sua vez, num outro conjunto específico de crenças e dogmas (cada um dos pontos fundamentais e indiscutíveis de uma doutrina religiosa – Dic. Da Língua Portuguesa, pág. 365.).
            Deixamos aqui um alerta, aos líderes religiosos (principais responsáveis pela interpretação dos textos sagrados), e aos profissionais da área de Direito e Justiça (defensores e cumpridores da Legislação Brasileira), quanto à necessidade de que aqueles que têm acesso a informação, protejam a nossa sociedade dos abusos sectários, muitas vezes movidos por interesses pessoais e/ou escusos de algumas lideranças. Tal fator, associado à baixa escolaridade de nosso povo, cria as condições ideais para a manipulação de massas, capaz de transformar um indivíduo alienado numa espécie de “terrorista” disposto a matar o corpo do seu semelhante, na intenção de salvar-lhe a alma.
            Se as distorções que estão começando a acontecer forem esclarecidas deste já, o Brasil poderá continuar a ser conhecido como o “Caldeirão Cultural” que sempre foi, dando ao mundo um belo exemplo de transreligiosidade pacífica, onde cada grupo religioso pode ser aceito e respeitado em suas crenças, sem misturar ou separar o que é apenas uma expressão relativa do ser humano, ao reverenciar o Deus Único.

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Texto de Autoria de Sueli Meirelles: Especialista em Psicologia Clínica (Regressão de Memória, Hipnose Ericksoniana e Reprogramação Mental) Consultora em Desenvolvimento Humano, Saúde Integral, Ecologia Integral e Educação para a Paz. Escritora e Palestrante.










quinta-feira, 19 de outubro de 2017

GUERREIROS DA LUZ - Texto Complementar XI

Assim, a Humanidade vai conhecendo os segredos da Montanha; vai compreendendo que os guerreiros são os mesmos visitantes chegados aqui antes da longa noite dos tempos. Fica sabendo que agora não estão isolados nos cumes das cordilheiras ou irreconhecíveis nas planícies ermas onde a natureza é pura, mas espargem-se por todos os rincões.
As luzes deslizam. Parecem nada fazer, mas à sua passagem o medo vai desaparecendo dos seres. O que tocam se transfigura. A tendência à discórdia, natural na obscuridade, cede lugar á integração fraterna, como se a sabedoria começasse a permear a pequena mente dos homens.
Sucedem-se os ciclos e difundem-se notícias sobre a revoada dos guerreiros-luzes, até que chega o momento em que de modo geral não são mais estranhos. E mesmo as crianças, como se nascessem sabendo que esses irmãos existem e têm uma missão, passam a inquirir sobre os mistérios que eles trazem consigo.
O olhar dos guerreiros penetra o interior de cada ser. Dele emana amor inesgotável, jamais conhecido na civilização terrestre. Não usam palavras, e de modo sobrenatural assinalam os que devem segui-los. Seus contatos com os homens transcorrem com grande harmonia. Sua pureza desfaz os antigos rumores de que trariam animosidade e pânico.
O pio da ave noturna ressoa cada vez mais próximo. Os Guerreiros da Luz aceleram o labor. Já são tantos que não é mais possível contá-los. Um sinal corta o espaço e penetra a órbita da Terra. Firmes, os Guerreiros da Luz ascendem pela trilha da Montanha, cujo pico parece tocar um céu rarefeito. O alvorecer está próximo. As luzes intensificam sua irradiação, antecipando o fim da noite. Jamais conheceram cansaço, jamais recuaram, mas agora seus raios ganham vivacidade extraordinária. Mergulham nas camadas da Terra, transpassam o horizonte e continuam a desvelar segredos. Nos seus reflexos fulgura a sabedoria prometida aos homens, e muitos começam a descobrir que os Guerreiros da Luz conhecem não só o seu destino, mas também o dos mundos.

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 Texto de autoria de Trigueirinho.

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

ORDEM IMPLÍCITA - Texto Complementar X


Subjacente ao caos existe uma Ordem Implícita que nos impulsiona ao desenvolvimento dos atributos necessários para que possamos resolver os nossos problemas de vida, 
mesmo quando eles nos parecem difíceis ou até mesmo insolúveis:

O primeiro atributo é a UNIÃO. Embora muitas vezes nos pareça mais simples soltarmos as mãos e sairmos do problema, somente a convivência com os outros nos mostra os aspectos que precisamos mudar em nós mesmos;
O segundo atributo é a FÉ. A confiança necessária para acreditarmos que estamos sendo sustentados por Deus e dispomos de todos os recursos para voltarmos à harmonia original;
O terceiro atributo é a SERENIDADE; a calma necessária para identificarmos cada movimento a ser feito e a sequência em que deverá ser feito;
O quarto atributo é a AÇÃO. Sem o nosso movimento, nada poderá ser modificado;
O quinto atributo é a FLEXIBILIDADE, para contornarmos os obstáculos e seguirmos adiante;
O sexto atributo é a HUMILDADE, porque muitas vezes precisamos dobrar os joelhos, para passarmos por baixo dos obstáculos que se apresentam;
O sétimo atributo é a CORAGEM, porque muitas vezes precisamos saltar os obstáculos que nos impedem de caminhar;
O oitavo atributo é a DETERMINAÇÃO, para persistirmos, até que a Ordem Divina tenha-se restabelecido;
O nono atributo é a SOLIDARIEDADE; a ajuda que recebemos e a ajuda que oferecemos ao próximo, facilitando nossos movimentos de libertação;
Assim, alcançaremos a GRAÇA de descobrirmos que, por detrás das nossas imperfeições, está a PERFFEIÇÃO DIVINA, que espera no silêncio, para ser por nós manifestada.
Que Deus abençoe a todos aqueles que trabalham pelo MUNDO DE PAZ que todos nós desejamos!


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Sueli Meirelles: Especialista em Psicologia Clínica, Regressão de Memória, Hipnose Ericksoniana e Reprogramação Mental.Pesquisadora de Fenômenos Psicoespirituais e Consultora em Desenvolvimento Humano. Escritora e Palestrante.





quinta-feira, 5 de outubro de 2017

OS SIGNIFICADOS DO BATISMO - Texto Complementar IX

  A maioria das pessoas foi batizada na tenra idade, sem que tivesse consciência do significado deste Ato Sagrado. Neste texto, reportamo-nos ao batismo do Mestre Jesus, nas águas do rio Jordão, o qual reúne um conjunto de procedimentos baseados no conhecimento do comando das Energias Sagradas.  
    Embora nos tempos modernos, o batismo, na maioria das vezes, seja realizado dentro do próprio santuário, com água canalizada, seria adequado realizá-lo  junto à nascente de um rio. A nascente é o início do ciclo da água, cujo destino final é o mar que a tudo transforma e, por isso, ela detém as águas mais límpidas e cristalinas, energizadas pelas quedas sucessivas. O mergulho nas águas representa a via purgativa de limpeza e de purificação, quando o Ser é lavado de suas memórias pessoais e coletivas.
       O ideal seria buscar-se um local discreto e pouco freqüentado, onde haja paz e, trajando vestes brancas (o branco representa a síntese de todas as cores), realizar o batismo, todo o grupo formando um círculo, com a mão esquerda sob a mão direita do companheiro ou companheira à sua esquerda, tendo o celebrante e a pessoa a ser batizada, no centro.
       A pessoa a ser batizada deveria estar em jejum desde o despertar e ter-se preparado, no dia anterior, através de meditação e da abstenção de todo tipo de carne, para que sua energia vital esteja sutilizada.

35.9.1. PRIMEIRA ETAPA: O MERGULHO NAS ÁGUAS

       Ao ser mergulhada na água, pelo celebrante, três vezes - em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo – a pessoa batizada imerge na profundidade líquida do próprio Ser, simbolizando que está em relação com Deus, no mais íntimo de sua essência.

35.9.2. SEGUNDA ETAPA: A UNÇÃO COM ÓLEO DE AMÊNDOAS

       A unção do óleo simboliza a internalização do amor, o recebimento dos Dons do Espírito, sob a forma de cruz, em diferentes pares do corpo, lembrando-nos que este é o tempo do Espírito. O sinal da cruz é um sinal de abertura; é o grande livro da arte de amar; é o encontro da vertical do amor do Pai, da transcendência, com a horizontal do amor por todos os irmãos. A unção com óleo é a via iluminativa e representa a abertura do Templo do Ser à Presença do Espírito, que vai permitir a transformação do sofrimento em luz interior.
       Nesta Segunda etapa, o celebrante poderá basear-se na passagem de Efésios, Cap. VI, versículos 13 a 20, a qual contém significados profundos de proteção espiritual, fazendo o sinal da cruz sobre cada parte do corpo da pessoa a ser batizada, como segue:

Revisto-te com a armadura de Deus, para que possas resistir aos tempos
Difíceis e, havendo terminado a tua tarefa, permaneças firme.
Protejo, em nome de Deus, a tua cabeça com o capacete da salvação
E a tua boca com a espada do espírito, que é a Palavra Divina;
No Santo Nome de Deus, protejo o teu corpo com a malha da verdade
E com a couraça da justiça, envolvendo-te, sobretudo,
Com o escudo da fé,
Com o qual poderás anular todo o mal.
Envolvo os teus joelhos com a proteção da humildade,
De acordo com a qual nada te poderá ser tirado.
Apoio os teus pés, em nome de Deus, no solo firme do Evangelho da Paz,
Para que te mantenhas orando e vigiando,
Com toda perseverança.
Que ao abrires a tua boca, uses a palavra com confiança,
Para que faças notório o Ministérios do Evangelho,
Pelo qual és embaixador (a),
E para que possas falar dele livremente como convém falar.

35.9.3. TERCEIRA ETAPA: A COMUNHÃO


       A comunhão representa a via unitiva. É o sopro de Deus que vem respirar no nosso sopro, através do pão e do vinho, através dos elementos de nossa vida quotidiana; do que nos alimenta a cada dia. O pão corresponde a ação, e o vinho, à contemplação. É um convite para viver o Cristo em nossos corações, no dia a dia de nossas vidas.
       Após a distribuição do vinho e do pão a todos os presentes, inclusive à pessoa batizada, que se colocará no meio de grupo, todos poderão degustar os alimentos em silêncio, ao término do que, poderão expressar seus  votos de Dons do Espírito ou Atributos Divinos,  para a pessoa batizada.

35.9.4. QUARTA ETAPA: A CONFRATERNIZAÇÃO

       Após a celebração, todos os integrantes do grupo poderão se abraçar, confraternizando-se uns com os outros. Por ser uma data festiva, o local pode ser aproveitado para o lazer saudável.


       Compreender todos estes significados permite que a pessoa a ser batizada se coloque num estado de consciência que efetivamente lhe permitirá auferir de todos os benefícios espirituais do batismo, qualificando suas energias sutis, para o melhor desempenho de sua programação inconsciente de vida.

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[1] Texto de autoria de Sueli Meirelles.

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

MENSAGEM DA ARCANJELINA MARIA - Texto Complementar VIII


       Meus amados! Para o estabelecimento de um poderoso Foco de Curas, necessitareis:

PROTEÇÃO INVENCÍVEL – Invocai a Presença de Arcanjo Miguel e sua grande Legião de Anjos. Visualizai-Os em torno da casa, do templo ou do lugar onde estais, com Suas Espadas Azuis Chamejantes. Essa proteção terá de ser conscientemente atraída para o vosso ambiente. Enquanto as horas se passam, o cerco espiritual de suas vestes (auras), desempenha um trabalho de recuperação.

              Precisareis possuir o DISCERNIMENTO DOS MESTRES ASCENSIONADOS – A capacidade de selar os lábios contra a revelação de necessidades e confidências daqueles que vêm em busca de ajuda.

       A completa AUSÊNCIA DE VAIDADE ESPIRITUAL é também essencial para o sucesso do que pretenderdes realizar, para não revelardes, inadvertidamente, aquilo que conseguir por trás de portas cerradas. A vaidade atrairia uma onda de energia, quase sempre negativa, para vós, cujo número ainda é muito pequeno e cujas forças ainda são frágeis para imunizar-vos.
       Para que tenhais uma magnificente atividade de Curas Cósmicas, há também outros requisitos que são importantes. Por exemplo: o discípulo deverá estar desejoso de tornar-se UM HUMILDE SERVIDOR DO SENHOR.
       Representa uma grande renúncia individual aquilo que cada homem elabora dentro do recesso de seu próprio coração, e não o que faz em presença de outros. Também aquela espontaneidade em colocar sobre o Altar de um desprendido amor à humanidade, cada satisfação e prazer pessoal. Querer o discípulo tornar-se um “cálice” tão puro e receptivo quanto possível, com perseverança em conservar-se assim, até que tenha executado aquilo a que se propõe.
       Agora, vem a necessidade de PERCEPÇÃO, o reino das faculdades pelas quais as curas conscientes acontecem: - a sustentação das formas-pensamento, que devem ser magnetizadas pelo sentimento e pela irradiação, capacitam o abaixamento da vibração das bênçãos curativas dos Mestres, para que possam vir à manifestação.
       É necessário AMOR DIVINO E FÉ, ou seja: a espécie de amor que o Bem-Amado GAUTAMA BUDA sentiu, quando, pela primeira vez, viu as tristezas da humanidade, aquelas tristezas que Lhe haviam sido escondidas pela demasiada proteção de Seu pai terreno. Esse é o amor pela humanidade que não vos deixaria descansar, enquanto, no meio da raça, encontrásseis imperfeições ou limitações. É a espécie de fé convicta de que a Lei Divina, em sua perfeição científica, não pode falhar. Todos precisam saber, quando estão nas trevas da dúvida, que a eficácia da “Lei” depende da constância da aplicação. Essa aplicação precisa ser sustentada, até que as condições de recebimento e necessária Pureza sejam conseguidas, para produzir e manter a cura.
       Essa PUREZA sobre a qual falamos é a pureza da mente, que conserva o corpo mental livre de reviver constantemente quaisquer impuros pensamentos e sentimentos. Tal impureza destruiria a substância de luz cristalina através da qual poderia fluir a corrente curadora do “Modelo Imaculado” da emanação de vida. Essa pureza não requer nada para o indivíduo, nem agradecimentos, nem recompensas; é absolutamente desinteressada. Ela vive apenas como um raio de Luz que permite ao Poder do Pai prestar serviço através dos seres.
       Outro requisito de sucesso nesse setor é o PODER DE CONCENTRAÇÃO, ou permanecer atento a alguma coisa, até que o poder tranqüilo, não ansioso, da concentração preencha a consciência. Quantos de vós tendes a constância de manter uma atividade de pensamento, até que alguma emanação de vida, abatida sob o peso de alguma tristeza, ache alívio? Multiplicai uma tristeza individual por 10 bilhões de almas que representam vossos irmãos e irmãs desta humanidade, e sabereis a necessidade da PERSEVERANÇA. Quando nenhuma face for para vós mais querida do que outra, quando nenhuma visão exclusiva incitar em vós o desejo de reparação maior do que qualquer outra, quando toda a humanidade for para vós filhos ou irmãos, então tereis a Divina Constância.
       O RITMO INTERMINÁVEL deve cadenciar a vossa aplicação (atividade mental) sistematicamente, e também vossas visualizações e apelos, não importando quanto tempo deverá ser repetido! Observai o ritmo do oceano; ele cresce e decresce. Vede o ritmo das estações e o ritmo com que alimentais vosso corpo físico. Então tereis algum entendimento acerca da aplicação rítmica que é requerida, para capacitar-vos a serdes uma fonte de consolo e recuperação para a humanidade. Uma esporádica contribuição de vossas vitais energias para as atividades espirituais, pouco fará pelo atual Momento Cósmico, filhos. Se a humanidade fosse esporadicamente alimentada em seu intelecto, quando empenhada em artes ou quaisquer outras profissões, haveria poucos de vós que pudessem atuar eficientemente. Contudo, no setor espiritual, a humanidade pensa que o ritmo carece de importância. Ele é uma das mais necessárias atividades...
       Finalmente é preciso a INDESTRUTÍVEL HARMONIA E PAZ, entre os vossos próprios veículos servidores, isto é, os vossos corpos físico, mental, emocional e o vosso próprio Santo Ser Crístico. Cada indivíduo que se torna parte de um grupo de cura (entendendo-se por cura a transmutação de qualquer manifestação humana negativa) necessita ter os seus corpos em harmonia, antes que possa ser um condutor de mérito. Cada um dos membros de um grupo deve estar também em afinidade de vibração como o Líder do Grupo e com os participantes do mesmo. Só assim vereis esse grupo tornar-se um poder magnetizante das forças de qualquer um dos Seres-Divinos que forem invocados. Em tal atividade grupal, cada participante é um centro captador e irradiante das correntes que fluem na atmosfera local, tal como aros que compõem a roda de um veículo. A harmonia mantida imperturbável, inquebrantável, ano após ano, conseguirá atividades magnificentes, para abençoar a Terra e seu povo.



[1] Mensagem canalizada, extraída do Livro As Novas Escrituras.

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quinta-feira, 21 de setembro de 2017

O SUPER "EU" E O VERDADEIRO "EU" - Texto Complementar VII



       O perfeccionista precisa aprender a ser como realmente é em Cristo. Contudo quando se dispõe a ser como é de verdade, ele se depara com suas piores falhas e precisa de um tratamento mais incisivo e de uma reprogramação mais drástica.


        A mais terrível conseqüência do perfeccionismo talvez seja a alienação do verdadeiro “eu”. Vejamos como se inicia esta trágica perda e como se dá.
       Durante todo o processo de crescimento, a criança recebe informações sobre si mesma, sobre Deus e sobre outras pessoas, bem como seu relacionamento, com elas. Estas informações são dadas de forma direta, ou captadas por ela, intuitivamente. A criança recebe impressões diretamente através de palavras e ações, mas também pelo que se deixa de dizer ou fazer. Geralmente, é a soma de vários fatores. E o pequenino está sempre recebendo mensagens num processo lento mas constante, e bastante inconsciente. Então, aquele que recebe mensagens negativas chega à seguinte conclusão: “Não sou aceito nem amado do modo como sou. Já tentei todos os meios de obter a aprovação dos outros, sendo como sou. Agora só poderei ser aceito e amado se me tornar diferente, outra pessoa.” É óbvio que a criança não se senta, pensa e conclui isto. Ela nem se dá conta do que está se passando, isto é, que não está sendo satisfeita em suas necessidades básicas mais profundas, necessidades criadas por Deus (registros inconscientes) e que são essenciais ao desenvolvimento do ser humano. Ela nunca experimenta sentimentos de que precisa muito, sentimentos como segurança, aceitação, ajustamento e valor próprio. A necessidade que tem de ser amada e de amar a outras também nunca é satisfeita. Em vez disso, forma-se nela uma crescente e profunda ansiedade, bem como sentimentos de insegurança, desvalor e rejeição. E é assim, então, que o adolescente começa a longa e tortuosa caminhada para tornar-se outra pessoa.
       A tragédia disso tudo é que a Individualidade daquela pessoa, a individualidade por Deus projetada para ela não tem oportunidade de se desenvolver. Seus talentos próprios não são expressos. Seu verdadeiro “eu” é sufocado ou rejeitado e no lugar dele aparece um falso “eu”. Assim todas as energias espirituais que deveriam ser canalizadas para a formação de uma personalidade própria, de acordo com a Individualidade planejada por Deus, são desviadas para criar uma imagem falsa idealizada pela pessoa. Infelizmente, este processo de autodestruição não é detido quando a pessoa aceita uma religião. O perdão, a amorosa aceitação de Deus e a sua misericórdia penetram apenas algumas das camadas mais externas deste “eu” irreal, imprimindo-lhe um novo espírito de sinceridade. Mas quando a distorção da personalidade é mais grave e as emoções sofreram traumas fortes, é necessário haver uma cura mais profunda, pois muitas, vezes, aquele falso eu passa também para a vida espiritual e se ajusta às novas experiências religiosas.

O SUPER “EU” VERSUS O VERDADEIRO “EU”

       O que são o super “eu” e o verdadeiro “eu”? O super “eu” é uma imagem falsa, idealizada, que acreditamos precisar ter para sermos aceitos e amados pelos outros. O super “eu” é uma idéia imaginária que temos de nós mesmos. O que acontece é que fomos levados a crer que, se fôssemos nós mesmos, e se os outros nos conhecessem como somos, não nos amariam, e então nos esforçamos para nos tornarmos esse super “eu”, a fim de conquistarmos o amor e a aceitação dos outros. E ainda estendemos este tipo de raciocínio distorcido até Deus, que é Perfeição Absoluta, que exige perfeição, e a quem só podemos mostrar nosso lado bom. Só podemos deixar que Deus veja o nosso super “eu” e nunca, o nosso verdadeiro “eu”.
       Quando você entra na presença de Deus, em oração ou meditação, qual dos dois “eus” você Lhe mostra?
       Existem muitas maneiras sutis de apresentarmos a Deus o nosso super “eu”, e ocultarmos o verdadeiro. Uma destas maneiras é a FUTURÍSTICA. “Bem, Senhor, tu sabes disto e eu também o sei. Ainda não sou este super “eu”, mas algum dia o serei. Algum dia serei este super-cristão. Algum dia vou orar muito, ler muito e fazer coisas maravilhosas para ti. Algum dia serei como esta imagem idealizada que tenho de mim. Serei o super “eu”. Então, Senhor, não ligues para este verdadeiro “eu”. Ele é apenas temporário. Olhe para aquele “eu” que ainda vou ser.
       Existe também a maneira PENITENTE. E é assim que o perfeccionista adquire a imagem própria negativa e até o auto-desprezo. Diz ele: “Bem, Senhor, não olhe para o meu verdadeiro “eu”, com todos estes pecados, falhas e imperfeições. Não olhe para ele, pois está vendo o quanto desprezo este meu verdadeiro “eu”, não estás? E acredito que tu também desprezas este meu verdadeiro “eu”, com todas as minhas falhas e imperfeições. Mas tu sabes quais são as minhas metas, Senhor. Já que Tu odeias este meu verdadeiro “eu”, como eu odeio, podes ver que estamos do mesmo lado e, portanto, sou realmente o super “eu”. E deste modo, sutilmente, a auto-depreciação se torna uma perpétua mortificação para impressionar a Deus. Então esperamos que Ele nunca veja o nosso verdadeiro “eu”, mas olhe somente para o nosso super “eu”. E como pensamos que deus não tolera este nosso verdadeiro “eu”, feio e horripilante, e como estamos sempre dizendo a ele que também não o suportamos, ele deve estar muito impressionado como nossos altos valores, deve perceber como realmente somos e, portanto, aceitar-nos e amar-nos. O mal disto é que o nosso verdadeiro “eu” ficou emocionalmente preso em algum nível da infância e é por isso que nossa personalidade, às vezes, produz atitudes tão infantis. Ficamos parados em algum ponto do passado; nunca crescemos realmente. É claro que fisicamente temos o corpo de um adulto, mas espiritual e emocionalmente, vivemos num plano de imaturidade.

O SUPER “EU” E OS SENTIMENTOS

       É na área das emoções que o perfeccionista encontra seus problemas mais sérios, porque a imagem do super “eu” não admite certos sentimentos. Geralmente, ele tem uma imagem de Jesus que não é bíblica, de um Jesus manso, suave, dócil. É um Jesus mole demais, um ser estóico, que suporta tudo e nunca exterioriza suas emoções. Então, ele se mantém sob rigoroso auto- controle, e nunca manifesta seus sentimentos mais fortes. Entretanto, não existem boas ou más emoções. As emoções são apenas emoções. Elas resultam de toda uma gama de elementos que procedem de nossa personalidade. Nenhuma emoção, em si mesma, é pecaminosa. A maneira como agimos perante elas é que determinará se são erradas ou certas. A maneira como as dirigimos, determinará se elas nos conduzirão para o pecado ou para a justiça. As emoções, em si mesmas, são um aspecto muito importante de nossa constituição pessoal, que nos é dada por Deus.
       Uma emoção que o super “eu” geralmente considera errada é a raiva. Aprendi desde pequeno, uma noção desumana, anti-bíblica e altamente destrutiva de que a raiva sempre é uma emoção pecaminosa. Levei muitos anos para livrar-me dessas atitudes. Elas quase destruíram minha vida espiritual e meu casamento, pois tive que aprender a expressar minha raiva de maneira aceitável.
       Em Marcos 3.5, lemos que Jesus olhou “ao redor indignado”. Embora este seja o único texto do Novo Testamento que diz diretamente que Jesus se irou, podemos inferir, com toda segurança, que ele teve raiva também quando expulsou os vendilhões do templo e quando chamou algumas pessoas de “Insensatos e cegos”, “sepulcros caiados”, assassinos”, “serpentes e hipócritas” (Mateus 2.3). Jesus nunca foi mais divino do que nesses momentos em que manifestava uma ira ardente. Muitas vezes o amor anda de mãos dadas com a ira; e, na verdade, a ira resulta do perfeito amor.
       Por vezes temos um estratagema semântico (ressignificação ou racionalização) que parece muito adequado, mas que confunde as pessoas. Nós dizemos: _ Ah!, isso não é raiva; é ira santa. Porque não falamos abertamente e dizemos que existe um modo correto de usar a ira, e que a raiva, em si mesma, não é uma emoção pecaminosa? Seria bem menos confuso.
       O que realmente importa é a maneira como agimos com ela; o modo como a externamos e como a resolvemos. E quando temos essa falsa imagem de nós mesmos, este super “eu” que não pode ter nem expressar nenhum sentimento de raiva, tornamo-nos perfeitos receptáculos para distúrbios emocionais e depressão. Não devemos confundir, porém, raiva com ressentimento, pois são duas coisas totalmente diversas. Uma raiva controlada e expressa da maneira correta é uma coisa; descontrolada e expressa de modo errado é outra. O ressentimento, por sua vez, é a raiva contida. O apóstolo Paulo fez uma distinção bem nítida entre a raiva certa e o ressentimento. Ele comparou a raiva com o ódio, malícia, amargura e todas essas coisas, fazendo diferença entre elas. É interessante notar que ele usa um tom imperativo ao falar da ira. Irai-vos e não pequeis (Epístolas.4.26).  O que Paulo disse não foi: “está bem, vou permitir que vocês fiquem com raiva de vez em quando, para lhes fazer uma concessão.” O que ele ordenou foi: irem-se, tenham raiva... Mas logo acrescentou:_ “Mas tenham muito cuidado.” Ele sabia que a raiva pode nos levar a ressentimentos, malícias e amarguras, se não for controlada com muito cuidado. O que Paulo estava dizendo era o seguinte. “Expressem sua raiva, mas cuidado para que ela não os leve à amargura, ressentimentos ou ódio.” E o mais estranho em tudo isto é que, se não aprendermos a externar nossa ira completamente e a resolver a dificuldade, poderemos tornar-nos ressentidos e amargos. Muitos casamentos estão sendo destruídos porque os cônjuges não aprenderam a externar sua raiva de maneira certa. Estão deixando a coisa ferver em fogo baixo, com a tampa por cima, encobrindo uma porção de sentimentos negativos, mas depois procuram tirar desforras com mil e uma represálias sutis.
       Irem-se, mas tenham cuidado. Quando não sabemos a maneira correta de externar a raiva, ela se transforma em ressentimento e amargura. É isto o que acontece com o perfeccionista que não se dá o direito de expressar sua raiva; que não dá a si mesmo o direito nem de reconhecer que está com raiva. Ele a reprime e a sufoca bem no fundo do seu ser, e ela fica ali fervilhando e envenenando sua alma, para depois manifestar-se sob a forma de problemas emocionais, conflitos conjugais e até doença física.
       A raiva é uma emoção colocada por Deus no coração humano e é parte da imagem de Deus no homem, para ser utilizada com fins construtivos. Ela é uma força capaz de superar obstáculos, vencer desafios, abrir caminhos, transformar e transformar-se em garra e capacidade de auto-realização.

O SUPER “EU” E OS CONFLITOS

       O super “eu” pensa que temos que nos relacionar com os outros sempre muito bem, que temos que ser amados por todos, e que nunca pode existir nenhum conflito entre cristãos.
       O perfeccionista que fizer uma visita a um grupo de missionários terá grande choque, pois logo perceberá que os missionários têm mais dificuldades de relacionamento entre si do que os incrédulos, que estão buscando converter. Vemos isto em nossos próprios locais de reunião cristã. Mas ainda assim, persiste o mito do perfeccionista. “Mas eu tenho que ser perfeito.”
       Embora seja fato que não podemos trabalhar com todo mundo sem conflitos, isto não quer dizer que temos o direito de ficar ressentidos com quem quer que seja. Isto não significa também, que podemos odiar as pessoas ou ficar amargurados. Mas quer dizer que não  temos, obrigatoriamente, que nos sentir bem e à vontade na companhia de todo mundo. E não permita que seu super “eu” se torne um demoniozinho sempre a dizer-lhe. _”Bom, se você não está conseguindo se relacionar bem como os outros a culpa é toda sua. O problema é você mesmo. Se resolvesse esta questão, poderia relacionar-se melhor!
       Paulo nunca disse. “Quem for cheio do Espírito Santo conseguirá viver com todo mundo pacificamente e em harmonia. O que ele disse foi: “Se possível, quando depender de vós, tende paz com todos os homens (Romanos 12/18). O problema pode estar na outra pessoa.
       O verdadeiro “eu” enfrenta muitas diferenças, conflitos e ama os outros e se interessa por eles o suficiente para confrontá-los com uma atitude de amor. Mas o verdadeiro “eu” sabe também que, às vezes, a melhor e única solução para certos problemas é, no dizer de Stanley Jones: “ Concordar em que é preciso discordar harmonicamente.” Discordar harmonicamente significa aceitar que o outro tenha direito de pensar diferente, o que, por sua vez, dá também à pessoa, o direito e a liberdade de divergir e ter opinião própria, realizando o seu verdadeiro eu.

O SUPER “EU” E A FELICIDADE

       O super “eu” acredita no seguinte mito: “Tenho que estar sempre super-feliz.” Mas você está sempre feliz? Nunca fica triste? Está sempre borbulhando de alegria e dizendo: “Glória a Deus? Nunca passa por lutas? Não existe nunca um momento em que o céu parece de ferro? Não há ocasiões em que você faz as coisas simplesmente por dever, sem sentir nenhuma alegria?
       No Jardim de Gesêmani, Jesus disse aos discípulos o seguinte: “A minha alma está profundamente triste até a morte.” Ele estava se contorcendo no chão; estava transpirando abundantemente numa terrível luta interior entre suas emoções e sua vontade. Suas emoções diziam: _”Pai, tu podes todas as coisas; passa de mim este cálice, se for possível...” Mas a sua vontade, que estava firme como um íma voltado para o Polo Norte, dizia: “Contudo, não se faça a minha vontade, mas a Tua.” E este tipo de luta, por vezes, nos deixa com a alma profundamente perturbada.
       A felicidade não depende muito do que acontece conosco, de situações exteriores que se acham fora de nosso controle. Depende do Cristo presente em nós – O Cristo em nós fala de uma condição interior que tem a ver com a nossa situação pessoal e não, com as circunstâncias que nos cercam. A Presença Crística é aquela calma interior situada no núcleo central de uma tempestade. Nossos sentimentos podem ser tempestuosos, mas pode haver em nosso interior um senso de retidão em relação à vontade de Deus (programação). Mas isto não quer dizer que temos que sair por aí, com as nossas máscaras (persona) de super “eus”, sorrindo sempre, dentes brilhantes, glorificando a Deus.

O REALISMO DO VERDADEIRO “EU”

       Nós cristãos, podemos ser realistas. Isto quer dizer que não precisamos ter medo de enfrentar o pior, o que há de mais terrível e mais doloroso. Não precisamos ter medo de expressar nossos sentimentos de tristeza, dor, mágoa, solidão, dificuldades e até mesmo, depressão. Por vezes, podemos até experimentar fortes sensações de depressão, como a que Elias teve após seu grande momento de triunfo: _ “Ó, Senhor, para mim basta. Quero morrer.”
       A vida de Jesus expressa uma autenticidade, uma sinceridade muito constante. Todas as suas emoções são registradas claramente e expressar com toda liberdade, sem nenhuma indicação de vergonha, senso de culpa ou de imperfeição. Tomemos como exemplo as atitudes de Jesus e não um super “eu” criado pela imaginação. Não precisamos ter medo de expressar nossos verdadeiros sentimentos e sermos o nosso verdadeiro “eu” em Cristo (nossos Cristos Internos).
       Quando desperdiçamos nosso tempo e energia procurando ser super “eus” estamos nos privando do desenvolvimento e da amizade de Deus. Nunca deixamos que Deus aceite e ame o nosso verdadeiro “eu”. E esse é o único “eu” que Deus realmente conhece e vê. O super “eu”, na verdade, é uma ilusão da nossa imaginação, uma falsa imagem, um ídolo. Nem tenho muita certeza se Deus vê este nosso super “eu”. Em Cristo, podemos ser nós mesmos, sem necessidade de nos compararmos com os outros. Ele quer nos curar e nos transformar, para que o verdadeiro “eu” possa se desenvolver e então possamos chegar a ser como Ele deseja que sejamos.
       O super “eu” custa muito para morrer. E o super “eu” religioso é mais difícil ainda. Se você perceber que está se agarrando a ele com força, espero que ouça a voz do Espírito Santo a dizer-lhe: “Abandone-o.. Largue-o.. Só depois disso é que eu e você poderemos iniciar todo o processo de cura, para a formação do seu verdadeiro “eu”.
       Quando você parar de desperdiçar suas energias espirituais, com o seu esforço para manter este falso super “eu” e começar a usá-las em cooperação com o Espírito Santo para o seu verdadeiro crescimento, verá que estará livre em Cristo; liberto do senso de obrigatoriedade que o impedia de ser você mesmo. Você estará acima da aprovação ou desaprovação dos outros. Livre da terrível sensação de condenação devida à lacuna existente entre o que você deseja ser e o que realmente é. E o que preenche esta lacuna? Tenho uma revelação para você: Todas as perfeições de Jesus, o verdadeiro, super-homem de Deus, estão à nossa disposição como um Dom gratuito Dele e estas perfeições dão de sobre para preencher as lacunas de nossas vidas.
       Paulo disse isto muito bem, quando escreveu. “Mas vós sois Dele, em Cristo, o qual se nos tornou da parte de Deus com sabedoria e justiça e santificação (Coríntios 1.30)

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